Uma equipa de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) produziu um material 10 vezes mais negro do que qualquer material desenvolvido até hoje, uma vez que captura mais de 99,96% da luz.
O material é feito de nanotubos de carbono alinhados verticalmente, ou CNT, filamentos microscópicos de carbono, como se fosse uma espécie de floresta repleta de pequenas árvores. A equipa “cultivou” estes materiais numa superfície de papel de alumínio com cloro.
Além de terem publicado as descobertas na revista ACS-Applied Materials and Interfaces, a equipa exibiu o material, na forma de uma camada, como parte de uma nova exposição na Bolsa de Valores de Nova York na passada quinta-feira, intitulada “A redenção da vaidade”.
A obra de arte apresenta um diamante amarelo natural de 16,78 quilates, com um valor estimado de dois milhões de dólares, que a equipa revestiu com o novo material ultra negro. O efeito é simplesmente deslumbrante: a gema, normalmente com facetas brilhantes, aparece como um vazio plano e preto.
Segundo o The Sun, o material, além de ser uma bonita expressão artística, também pode ser útil em óculos óticos que reduzem o brilho indesejado ou para ajudar telescópios espaciais a detetar exoplanetas em órbita.
“O nosso material é 10 vezes mais preto do que qualquer coisa alguma vez desenvolvida, mas acho que o preto mais escuro é um alvo em constante movimento. Alguém encontrará um material mais preto e, eventualmente, entenderemos todos os mecanismos subjacentes e seremos capazes de obter o preto definitivo“, disse, em comunicado, Brian Wardle, professor de aeronáutica no MIT.