Há 100 anos, Carter descobriu o túmulo de Tutankhamon — e depressa o saqueou

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ZAP // Wikipedia

Howard Carter, arqueólogo britânico que descobriu em 1922 o túmulo de Tutankhamon

Novos indícios sugerem que o arqueólogo britânico Howard Carter, que em 1922 descobriu o túmulo de Tutankhamon, também o terá saqueado.

Quase 100 anos após a descoberta do túmulo do “Faraó Menino”, uma carta agora tornada pública vem suportar suspeitas de longa data.

Segundo o The Guardian, Howard Carter, o arqueólogo britânico que em 1922 descobriu o túmulo de Tutankhamon, era há muito tempo suspeito de, antes da sua abertura ao público, se ter apropriado de alguns dos tesouros que encontrou.

Mas apesar de os rumores terem circulado durante gerações, não havia até agora provas de que tal tivesse de facto acontecido.

Segundo o jornal britânico, no entanto, o arqueólogo está agora a ser acusado de se ter apropriado de “propriedades indubitavelmente roubadas do túmulo“.

A acusação surge após a divulgação de uma carta, anteriormente não publicada, que terá sido enviada a Carter em 1934 por Alan Gardiner, conceituado académico britânico que fez parte da equipa de escavações de Carter com a missão de traduzir os hieróglifos encontrados no túmulo de 3300 anos.

Segundo o egiptologista, linguista e filologista, Howard Carter ter-lhe-á mais tarde oferecido um amuleto, usado como oferenda aos mortos, tendo-he garantido que “não tinha vindo do túmulo” de Tutankhamon.

Gardiner mostrou o amuleto ao então diretor do Museu Egípcio no Cairo, Rex Engelbach, e ficou atónito quando percebeu que o amuleto, com características semelhantes às de outros artefactos encontrados no túmulo do faraó, tinha indubitavelmente sido de lá retirado.

O egiptologista enviou então uma carta a Carter, em que o confronta com o parecer de Engelbach — no qual o diretor do museu egípcio garante: “o amuleto que me mostrou foi indubitavelmente roubado do túmulo de Tutankhamon“.

“Lamento profundamente ter sido colocado numa situação tão desconfortável“, diz Gardiner na sua carta ao arqueólogo. “Naturalmente, não disse a Engelbach que a tinha obtido através de si”.

A importância da acusação agora divulgada, que reforça suspeitas de longa data de que Carter tinha saqueado o túmulo logo após a sua descoberta, é tanto maior quanto provém de dois conceituados peritos em egiptologia — um dos quais, Gardiner, esteve de facto envolvido nas escavações.

A carta de Gardiner, que está atualmente na posse de um colecionador privado, vai ser publicada num livro da Oxford University Press com o título “Tutankhamon e o túmulo que mudou o mundo“.

Este ano assinala-se o centenário da descoberta do túmulo do mítico Rei Tut, o Faraó-Menino, assim chamado por ter reinado dos 10 aos 19 anos — um reinado curto mas que o tornou o governante mais famoso da história do Egipto.

Armando Batista, ZAP //

2 Comments

  1. Torna-se penoso ler um artigo assim escrito, em que o autor parece não saber português e repete as mesmas palavras a cada 3 ou 4 linhas, como nos parágrafos 7 e 8. Além disso, há falhas de palavras nalguns locais e a mais noutros. Revejam os textos antes de os escreverem!

    • Cara leitora,
      Obrigado pelo seu reparo.
      Encontrei dois lapsos no texto.
      Faltava a palavra “diretor” antes de “do Museu Egípcio no Cairo” e uma letra na palavra “desconfortável”.
      Não consegui identificar nenhuma palavra repetida, nenhuma outra em falta, nenhuma vírgula a mais ou a menos, nenhum erro de ortografia ou gramatical que o meu conhecimento do português, que é provavelmente escasso, me obrigasse a corrigir.
      Posso abusar do seu, e pedir-lhe que me aponte concretamente quaisquer aspectos em que o texto possa ser melhorado?
      Obrigado.

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