O Livre e o Bloco de Esquerda defenderam, esta quarta-feira, no parlamento a criação de linhas de prevenção do suicídio e de comportamentos autolesivos que funcionem 24 horas por dia, durante todo o ano.
Tanto o Livre e como o Bloco de Esquerda (BE) propuseram linhas de apoio ao suicídio a funcionar 24 horas, fácil de memorizar e amplamente divulgada.
Ao apresentar um projeto de lei, em plenário, o deputado Rui Tavares (Livre) apelou ao parlamento para viabilizar também a iniciativa legislativa do Bloco de Esquerda para a criação de uma linha de prevenção do suicídio, inserida no Serviço Nacional de Saúde (SNS), por forma a trabalhar ambas as proposta em sede de especialidade, o mais rápido possível.
“A ajuda nem sempre chega a tempo a quem precisa, porque as linhas que temos, que são asseguradas por voluntários, não funcionam 24 horas por dia”, disse Rui Tavares, sublinhando que o atendimento através da linha SNS 24 é uma opção que surge “apenas em quarto lugar”.
O deputado propôs que sejam aferidas verbas em sede de Orçamento do Estado para a criação de uma linha com um número fácil de memorizar e amplamente divulgado.
Portugal tem meios de prevenção suficientes?
Também o Bloco de Esquerda apresentou, em plenário, um projeto de lei no mesmo sentido e reclamou uma atualização dos dados sobre esta problemática para melhor orientar políticas.
“Em Portugal, os últimos dados apontam para três mortes por dia”, afirmou a deputada Isabel Pires. No documento, o BE refere que morrem todos os anos no mundo cerca de 800.000 pessoas por suicídio.
O Chega e o PSD anunciaram que aprovariam as iniciativas em discussão, enquanto o PS evocou as medidas que tomou, como o aumento do número de psicólogos no SNS e remeteu a resposta para a Linha SNS24.
De acordo com a deputada socialista Anabela Rodrigues, estão “em pleno funcionamento” 20 equipas comunitárias de saúde mental e existem 1.114 psicólogos no SNS.
A Iniciativa Liberal questionou sobre as equipas prometidas para 2023, sublinhando que faltam dois meses para o fim do ano, e o PCP defendeu que a resposta tem estar no reforço do SNS.
// Lusa