Portugal figura no grupo de dez equipas com probabilidades mais elevadas. Mas por pouco.
O muito aguardado Mundial da FIFA de 2022 começou ontem com um pouco memorável Qatar-Equador, mas há quem já esteja focado no último jogo da competição, onde se decidirá quem levantará a taça das taças, proclamando-se campeão do mundo. Para ajudar os mais ansiosos (ou causar desilusões a uma nação de 214 milhões de pessoas), o Instituto Alan Turing fez uso do seu modelo matemático para antecipar o grande vencedor e chegou a um nome: Brasil.
De facto, a canarinha tem 25% de probabilidades de vencer a competição (1 em 4), enquanto a Inglaterra, por exemplo, tem uma probabilidade inferior a 1 em 10.
O modelo em causa, escreve o Interesting Engineering, pode ser usado e experimentado por qualquer pessoa com computador em casa, com o processo de analisar todas as equipas e todos os possíveis resultados de jogos entre as mesmas a demorar cerca de 15 minutos num portátil normal. A invenção partiu de Nick Barlow. “É muito importante para nós, na maioria das coisas que fazemos, que as disponibilizaremos em fonte aberta”, disse. “Encorajamos as pessoas a envolverem-se, a usarem o nosso código, e a contribuírem para ele“.
Para além do Brasil, as duas outras seleções com probabilidades mais elevadas de se sagrarem campeãs do mundo são a Bélgica (19%) e a sua rival de sempre, a Argentina (13%).
Os investigadores modificaram o seu modelo para considerar as diferenças na força das equipas que competem entre si em amistosos internacionais, assim como para eliminar a vantagem “de casa” que estará ausente para todas as equipas no Qatar (à exceção do país organizador). Este método é frequentemente utilizado para jogos de ligas domésticas e atribui às equipas uma pontuação para defesa e ataque.
Juntamente com o treino do modelo em competições anteriores para verificar se as suas previsões correspondiam aos resultados reais e fazer ajustes em função do seu desempenho, os envolvidos também o modificaram para dar mais peso aos resultados de jogos específicos, tais como semifinais, finais, e jogos mais recentes.
E, em jeito de curiosidade, fique a saber que Portugal também figura no grupo de dez equipas com probabilidades mais elevadas. Mas por pouco. Com a Croácia a fechar o top 10, Portugal está em nono lugar, ultrapassado pela Dinamarca, Países Baixos, Espanha, Inglaterra e França (para além das nações já referidas).
Se calhar não era preciso um modelo matematico nem computadores, o senso comum chegava. Num jogo a eliminar pode ser haver uma surpresa o que é mais dificil numa fase de grupos. Basta ver o que aconteceu hoje com a Argentina, se fose fora da fase de grupos tinha acabado, agora sssim ainda tem chances. Brasil e Argentina, serão sempre favoritos e depois na europa teremos Alemanha, inglaterra, França, Espanha .. até me posso estar a esquecer de algum, mas o resto seriam grandes surpresas, Portugal , Belgica, Croácia, serão apenas candidados em teoria, pois na partica as chances são pequenas, vejamos os casos da Grecia que ganhou o europeu em Portugal, Portugal que ganhou na França e até mesmo a Dinamarca que ganhou quando foi substituir a Yoguslávia que tinha sido excluida por causa da guerra e com os jogadores que já estavam em ferias … surpresas, por isso os computadores e modelos matematicos têm tantas chances, como qualquer outra pessoa.
Srs do ZAP:
Corrijam sff para Instituto Alan Turing em homenganem ao matemático e cientista da computação com esse nome.
Alan Turing foi crucial para quebrar as cifras das mensagens nazis interceptadas pelos aliados, ajudando, e de que maneira, para derrotar os nazis.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.