Novo sistema pago de partilha de palavras-passe terá por base códigos de validação nas páginas de login e uma opção de adicionar um segundo utilizador.
Há muito que a Netflix tornou pública a sua vontade de terminar com a utilização da mesma conta por vários utilizadores, por via da partilha de palavras-passe, tendo implementado, ao longo dos anos, vários sistemas que dificultam a prática. No entanto, o ano de 2023 poderá ser decisivo, com a empresa sediada na Califórnia a planear o pagamento de um valor adicional pela partilha dos dados de acesso. A ideia, tal como escreve o Correio da Manhã, já não é nova, mas parece que agora será mesmo para adotar.
Apesar das múltiplas tentativas da Netflix em acabar com esta prática, a necessidade e urgência da mudança de regras logo nas primeiras horas de 2023 deve-se à queda de receitas que a empresa tem anunciado nos últimos meses. Depois de um boom nas subscrições motivadas pela pandemia da covid-19, e com uma parte significativa da população mundial em casa, os meses que se seguiram, sobretudo em 2022, foram marcados pelo cancelamento das assinaturas (menos 970 mil, a maior queda de sempre). Como consequência, argumenta a empresa, a capacidade de investir em novos conteúdos.
Desde então, a Netflix tem estudado formas de recuperar assinantes, lançando, por exemplo, em alguns mercados, uma opção de subscrição de baixo custo, a qual inclui intervalos para publicidade. Ainda assim, num relatório citado pela mesma fonte, admite-se que esta solução poderá ter os dias contados, não tendo alcançado os resultados desejados. “No ano passado, estudámos formas de permitir que os membros que partilham as contas fora de casa o façam com facilidade e segurança — além de pagarem um pouco mais pelo serviço. Nas próximas semanas, lançaremos e testaremos estes novos recursos para os nossos membros do Chile, da Costa Rica e do Peru”, podia ler-se no blogue oficial da plataforma.
Ainda de acordo com o Correio da Manhã, o novo sistema pago de partilha de palavras-passe terá por base códigos de validação nas páginas de login e uma opção de adicionar um segundo utilizador. Estima-se que no mercado europeu a utilização siga os mesmos conformes.