“Número de acidentes está a crescer.” Regras das trotinetas devem apertar

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Há cada vez mais vítimas de acidentes de trotineta elétrica a chegar aos hospitais portugueses, muitas vezes em estado grave. A Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) vai apresentar ao Governo uma proposta de regulamentação.

Carlos Nascimento, diretor médico do Hospital Egas Moniz e chefe de equipa de Cirurgia Geral do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, revelou ao Expresso que o número de acidentes provocados por quedas está “a crescer bastante”.

“Temos recebido vários casos que resultaram não apenas em fraturas dos membros e dos punhos mas também, com frequência, em traumatismos cranianos graves e muito graves, porque as pessoas caem completamente desamparadas e batem com a cabeça sem nenhuma proteção. Já tivemos vários casos em cuidados intensivos, sobretudo de jovens e turistas”, disse.

No último semestre, o Centro Hospitalar de Lisboa Central, que integra o Hospital de São José, recebeu uma média mensal de 31 casos graves de acidentes com trotinetas e bicicletas a requerer internamento e cirurgia.

No Porto há também um registo acentuado deste tipo de acidentes. “Como têm as rodas pequenas, as trotinetas são pouco estáveis. Uma pequena pedra pode ser suficiente para provocar uma queda com consequências irreversíveis, uma vez que não se usa capacete”, referiu Alfredo Calheiros, diretor do serviço de Neurocirurgia do Centro Hospitalar do Porto, ao semanário.

Na sequência destes incidentes, a Prevenção Rodoviária Portuguesa vai apresentar ao Governo, já na próxima semana, uma proposta para reduzir a velocidade máxima permitida de 25 para 20 km/h, descendo até aos 6 km/h nas zonas pedonais.

Além disso, quer que os utilizadores sejam obrigados a usar capacete, a circulação obrigatória em ciclovias, sempre que existam, seguro obrigatório para todos os utilizadores e a proibição de usar estradas onde a velocidade máxima seja superior a 50 km/h.

A organização também pretende que seja fixada uma idade mínima para andar de trotineta: 14 anos para circulação nas ciclovias e 16 para as restantes, tal como foi aprovado em Espanha.

ZAP //

2 Comments

  1. nao sou contra as trotinetes ,mas esta a tornar-se vulgar ver os adolescentes andarem em sentido contrario ! a policia devia obrigar a respeitarem os minimos do codigo da estrada,ja se evitava muitos acidentes

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