Cientistas holandeses desenvolveram uma nova terapia peptídica que reverteu alguns dos sintomas de envelhecimento em cobaias, incluindo a perda de cabelo e a resistência reduzida.
O novo estudo, divulgado na revista científica Cell, visa especificamente células danificadas que se acumulam à medida que envelhecemos, levando à inflamação e problemas de saúde.
Se resultados semelhantes puderem ser aplicados em seres humanos, estes peptídeos poderão permitir a criação de novos tratamentos para condições relacionadas com a idade.
A descoberta
Células envelhecidas perdem a capacidade de se dividir, mas recusam-se a morrer completamente. Como resultado, quando se acumulam, aumentam o risco de doenças.
Cientistas do Erasmus University Medical Center, na Holanda, descobriram que um peptídeo era capaz de eliminar células envelhecidas em cobaias, induzindo o processo natural de morte celular, deixando somente células saudáveis no organismo.
Os peptídeos são biomoléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos através de ligações péptidicas, estabelecidas entre um grupo amina de um aminoácido, e um grupo carboxilo de outro aminoácido.
A nível biológico, o peptídeo bloqueia os sinais entre duas proteínas chamadas FOXO4 e p53, que quando interagem são cruciais no processo de envelhecimento celular. Quando esse canal de comunicação é desligado, as células começam a autodestruir-se.
Os resultados
Após o peptídeo ser administrado nas cobaias, os efeitos foram dramáticos: os pelos que tinham caído cresceram novamente, a função renal melhorou, e os animais foram capazes de correr duas vezes mais do que outros que não receberam o tratamento.
O estudo foi originalmente focado na função renal, mas a equipa descobriu outras melhorias como crescimento do pelo e resistência aumentada. Após um ano de testes, não foram observados efeitos colaterais evidentes.
Próximas etapas
O que torna este estudo particularmente interessante é a maneira como o peptídeo parece reverter sintomas de envelhecimento que já ocorreram, como a regeneração dos pelos.
A grande questão agora é saber se poderiam ser observadas as mesmas melhoriass em seres humanos. Apesar de não haver nenhuma garantia, os cientistas pretendem realizar ensaios clínicos com pessoas.
Os especialistas querem administrar o peptídeo em pacientes com tumores cerebrais, especificamente glioblastoma multiforme, porque as células cancerígenas têm biomarcadores semelhantes às células envelhecidas, e a técnica de bloqueio de proteínas pode ser eficaz nesse caso.
ZAP // Hypescience
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Há muitos jovens e adultos com problemas graves de queda de cabelo “alopecia areata”. Será que esta descoberta poderá ajudar a resolver estes problemas? Seria uma descoberta maravilhosa. Que Deus oriente os cientistas no sentido do seguimento dos ensaios e da aplicabilidade em humanos o mais depressa possível.