Um carro movido a energia solar, criado por estudantes universitários, bateu um recorde mundial ao percorrer 1.000 km em menos de 12h.
O Sunswift 7 é um carro movido a energia solar idealizado e construído por estudantes da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália. O veículo bateu recentemente o recorde mundial ao fazer 1.000 quilómetros em menos de 12h.
“Os mil quilómetros mais rápidos alcançados por um protótipo elétrico com uma única carga em 11 horas, 52 minutos e 8 segundos, pela Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália), em Geelong, a 17 de Dezembro de 2022″, anunciou o Guinness World Records.
O recorde foi batido em 240 voltas na pista de testes do Australian Automotive Research Center, com cinco condutores diferentes.
Ao longo do percurso, o carro teve de parar duas vezes. A primeira por causa de um pneu furado e a segunda, já perto do final, devido a problemas de software — obrigando o veículo a parar por 14 minutos e 52 segundos.
Alimentado por uma bateria e painéis solares montados no tejadilho e no capô, o carro solar atingiu uma velocidade média de 85 km/h. A velocidade máxima anunciada é de 140 km/h, embora no recorde não tenha passado dos 95 km/h.
O carro é feito em fibra de carbono e conta com uma bateria de iões de lítio de 38 kWh. Com um peso de apenas 500 quilos, o Sunswift 7 pesa cerca de um quarto de um Tesla, por exemplo.
A criação dos alunos da Universidade de Nova Gales do Sul registou um consumo de energia de apenas 3,8 kWh/100 km. Um carro como o elétrico Peugeot e-208, por exemplo, tem um consumo a rondar os 15 kWh/100 km.
What a way to end the year! 🙌
A solar powered car designed and built by UNSW students has set a world record by travelling 1000km on a single charge in under 12 hours. ☀️🏎️
Sunswift 7 is the latest solar-powered car from UNSW, with the first being built in 1996. pic.twitter.com/QQYeoJn8KB
— UNSW (@UNSW) December 18, 2022
“O Sunswift 7 não é um carro de produção do futuro, uma vez que comprometemos o conforto e o custo é proibitivo”, salientou o professor Richard Hopkins, que liderou a investigação.
No entanto, Hopkins mostra-se otimista: “Demonstrámos que se quisermos tornar os carros mais eficientes, mais sustentáveis, mais amigos do ambiente, então é possível”.
Faltou dizer como estava o tempo.