O projeto tem como objetivo o desenvolvimento de um protótipo de controlo de ruído que é muito mais fino e leve do que os sistemas existentes.
Cientistas da Universidade de Bristol estão a braços com um novo projeto: a criação de um material ultra-fino à prova de som, inspirado nas minúsculas escamas absorventes encontradas nas asas de uma espécie gigante de traça.
O projeto evidenciou as habilidades de camuflagem acústica da Bunaea alcinoe, uma traça africana pertencente à família Saturniidae. Além disso, o novo material tem também algumas propriedades excitantes, como a absorção multidirecional de banda larga numa única fração de espessura do comprimento da onda sonora, que ajudará a controlar a poluição sonora em cidades, escritórios ou casas.
Para criar este material, a equipa – composta por biólogos, matemáticos, engenheiros e funcionários industriais – concentrou-se em compreender as propriedades biofísicas e biomecânicas das escamas da traça e da sua pele fibrosa e porosa, que é uma solução eficiente comparada às tecnologias à prova de som atualmente existentes.
Marc Holderied, líder da investigação, explicou que os efeitos negativos sociais e de saúde inerentes ao ruído são vários e incluem doenças cardiovasculares, comprometimento cognitivo, distúrbios do sono e, até, aborrecimento.
Segundo o investigador, este projeto tem como objetivo “desenvolver um novo metamaterial de absorção do som, mais pequeno e mais leve, que promete soluções de controlo de ruído mais flexíveis e aceitáveis para as nossas residências e escritórios”.
Segundo o Tech Explorist, o projeto de três anos intitulado “Metamateriais biológicos para tecnologia aprimorada de controlo de ruído” começou em abril deste ano.