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Novo incidente com drone no Aeroporto de Lisboa é o sexto este mês

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Um avião da TAP Express, operado pela White Airways, com mais de 70 passageiros, cruzou-se este domingo à noite com um drone a 900 metros de altitude, na aproximação ao Aeroporto de Lisboa, disseram à Lusa fontes aeronáuticas.

Segundo as mesmas fontes, o piloto do avião modelo ATR, que fazia a ponte aérea Porto-Lisboa, reportou, pelas 20h20, “um drone a 50 metros da asa direita, a 900 metros de altitude”, quando sobrevoava a zona do Pragal, Almada, e pouco antes de passar à vertical da Ponte 25 de Abril, acrescentando que o aparelho “media, no mínimo, um metro”.

Contactada pela Lusa, a NAV Portugal (responsável pela gestão do tráfego aéreo) confirmou a ocorrência, acrescentando que irá notificar a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).

A TAP, contactada pela Lusa, informou apenas que este voo transportava 74 passageiros.

O regulamento da ANAC proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e descolagem de um aeroporto.

O GPIAAF anunciou há mais de uma semana a realização de um estudo de segurança devido aos vários incidentes envolvendo a presença de drones nas trajetórias de aviões.

TAP admite tomar medidas

Em declarações à TSF, Fernando Pinto, presidente executivo da TAP, admite que a companhia aérea pode vir a tomar medidas contra os drones caso continuem a entrar em espaço aéreo.

É uma irresponsabilidade de quem está voando os drones. O drone é uma ferramenta de trabalho importante, pode até ser uma ferramenta de lazer, que pode ser destruída por isto, porque não pode voar no espaço aéreo onde voam os grandes aviões”, destacou.

“Existem normas que colocam limites, que deixam tudo seguro. Mas se continuarem a penetrar no espaço aéreo, nós mesmos vamos defender que o drone não poderá mais voar. E isso poderá ser um movimento forte no mundo todo. Se acontecer algo mais sério com um avião vai haver com certeza que todos eles deverão ser impedidos de voar“.

Sexto incidente só este mês

A 19 de junho, um Boeing da companhia KLM reportou que um drone “voou ao seu lado” a 1.200 metros de altitude, à vertical do Farol do Bugio, no estuário do Rio Tejo.

Nesse dia, fontes aeronáuticas explicaram à Lusa que o incidente ocorreu quando os pilotos do Boeing 737-800, com capacidade para 162 passageiros, se aperceberam de “um drone a voar ao lado”, no momento em que o avião estava no corredor aéreo para rumar ao Aeroporto de Lisboa, sendo aquela zona igualmente utilizada para os aviões que aterram e descolam do Aeródromo de Cascais.

A 16 de junho, um avião da Aero Vip, do Grupo Seven Air, foi obrigado a realizar uma manobra para evitar a colisão com um ‘drone’ a 300 metros de altitude quando estava em aproximação para aterrar no Aeródromo de Cascais, com 14 pessoas a bordo.

“Na aproximação à pista 35 de Cascais, vislumbrei um objeto que julguei ser uma ave. Ao aproximar-me, apercebi-me de que se tratava de um drone de grandes dimensões, de quatro rotores. Tive de mergulhar, aumentar a razão da descida, para evitar a colisão com o drone, que passou a cerca de cinco metros acima da asa esquerda”, relatou nesse dia o piloto à Lusa.

A 14 de junho, um avião da TAP, com cerca de 130 passageiros, cruzou-se com um ‘drone’ a 700 metros de altitude, quando se preparava para aterrar no Aeroporto de Lisboa.

O Airbus 319, proveniente de Milão, Itália, “cruzou-se” com o ‘drone’ por volta das 21:00, no momento em que a aeronave estava à vertical da Ponte 25 de Abril, na zona de Alcântara, e a poucos minutos de aterrar no Aeroporto Humberto Delgado.

A 1 de junho, um Boeing 737-800, da companhia TVF, France Soleil, grupo Air France/KLM, com cerca de 160 passageiros, teve de realizar várias manobras para evitar a colisão com um drone a 450 metros, quando a aeronave se preparava para aterrar no Aeroporto do Porto.

ZAP // Lusa

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