O Novo Banco pediu a insolvência da Totalpart, sociedade que gere outras unidades do Grupo Moniz da Maia, visando recuperar 375 milhões de euros, escreve o Jornal de Notícias esta quarta-feira.
De acordo com o matutino, o montante em causa é relativo a empréstimos concedidos pelo BES em 2009 e 2011, que ainda não foram pagos.
A ação está a ser julgada no Tribunal de Comércio de Lisboa, mas face à aparente dissipação do património do grupo, dificilmente será possível recuperar mais do que conjunto de terrenos, localizados em Benavente, que valerão umas dezenas de milhões.
Segundo o Jornal de Notícias, o BES aceitou ações de valor quase nulo como garantia em empréstimos a Bernardo Moniz da Maia.
No pedido de insolvência da empresa, que é citado pelo jornal, o banco invoca duas dívidas: 16,5 milhões de euros relativos a um crédito concedido diretamente à empresa de Bernardo Moniz da Maia em 2009 e 358,3 milhões de euros relativos a um contrato de financiamento celebrados entre o BES e a Sogema Investments Limited, sociedade gestora de participações em negócios da família do empresário.
Ainda de acordo com o JN, a Sogema nunca cumpriu as obrigações de pagamento do capital e juros relativos ao seu contrato. Contudo, foi só em maio de 2018 que o Novo Banco remeteu uma carta à empresa a declarar o “vencimento antecipado de todas as obrigações emergentes do referido contrato”.
Quinze meses depois, em agosto de 2019, a instituição bancária liderada por António Ramalho executou penhora de um saldo de conta da Sogema no valor de 3,4 milhões de euros, obtendo um valor muito abaixo do que falta ainda saldar.
De acordo com o jornal Observador, o empresário Bernardo Moniz da Maia é ainda um dos maiores devedores da instituição bancária.
O Maia não era o que dava de mamar ao – Ganda noia?