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Pelo menos dez pessoas ficaram feridas, esta segunda-feira, num novo ataque suicida, em Surabaya, na Indonésia, perpetrado esta manhã perto de uma esquadra da polícia, disseram as autoridades indonésias.
Seis civis e quatro agentes da polícia ficaram feridos no atentado, perpetrado através de uma moto armadilhada, conduzida por um homem e na qual seguia também uma mulher, disse o porta-voz da polícia, Frans Barung Mangera.
O responsável contou, citando imagens de vídeovigilância, que um homem e uma mulher, numa moto, pararam no posto de controlo da base: “Foi nesse momento que a explosão se deu”. “Estavam duas pessoas na moto, uma das quais era uma mulher e estava atrás”.
A cidade do leste da ilha de Java, segunda cidade da Indonésia, foi palco no domingo de três atentados suicidas, reivindicados pelo Estado Islâmico. Estes três ataques causaram 14 mortos e dezenas de feridos, de acordo com um novo balanço da France Presse.
As explosões também ocorreram em Surabaya, com o primeiro ataque a ocorrer na igreja cristã de Santa Maria, seguindo-se o ataque à igreja protestante de Diponegoro e à igreja de Pentecostes de Arjuro.
Os ataques foram realizados por uma família de seis bombistas suicidas, incluindo uma mulher que tinha duas crianças.
A província de Java oriental é um dos palcos de ataques de movimentos extremistas islâmicos, já que a sua capital, Surabaya, é uma das cidades com maior diversidade religiosa naquele que é o mais populoso país muçulmano do mundo.
Os ataques a alvos cristãos acontecem dias depois de as autoridades indonésias terem posto fim a uma crise de reféns num centro de detenção perto de Jacarta, uma ação reivindicada pelo movimento extremista Estado Islâmico.
Os cristãos, muitos deles da etnia minoritária chinesa, representam cerca de 9% da população da Indonésia, que atinge 260 milhões de habitantes, enquanto os muçulmanos são 88% do total.
O país fica em alerta máximo nas semanas que antecedem o Ramadão, que começa na terça-feira, já que é uma época escolhida pelos jihadistas para realizar ataques.
ZAP // Lusa