A NASA contratou nove companhias privadas para levar para o espaço cargas científicas e tecnológicas que garantam o regresso da agência à Lua. A SpaceX de Elon Musk e a Virgin Galactic de Richard Branson não foram incluídas.
Este é o primeiro passo sólido que a NASA torna público no projeto de regressar e ficar na Lua. Mas para o concretizar precisa das empresas aeroespaciais privadas.
Num comunicado feito esta quinta-feira pelo administrador Jim Bridenstine, a agência pública aeroespacial confirmou que tinha celebrado contratos à luz do programa CLPS, a partir do qual a agência estabelece negócios com outras empresas para serviços de transporte de módulos lunares e rovers para a Lua.
“O anúncio de hoje marca um progresso tangível no regresso dos EUA à superfície da Lua para ficar. A inovação das empresas aeroespaciais dos EUA, unida aos nossos grandes objetivos em ciência e exploração humana, vai ajudar-nos a alcançar coisas incríveis na Lua e avançar a caminho de Marte”, disse Bridenstine.
A NASA celebrou contratos com nove empresas privadas sediadas nos EUA. Destas, a Astrobotic Technology, Inc. é especialista em robótica espacial para missões planetárias. A Deep Space Systems é especialista em desenvolvimento, integração, teste, lançamento e operação de naves espaciais de exploração humana e robótica.
A Draper cria tecnologia avançada para segurança nacional, exploração espacial, energia e cuidados de saúde. A Firefly Aerospace, Inc. desenvolve veículos de lançamentos comerciais de pequeno e médio porte. A Intuitive Machines, LLC cria soluções low cost para a exploração espacial.
A Lockheed Martin Space trabalha com satélites, sondas e peças de vaivéns, a Masten Space Systems, Inc. constrói sistemas de descolagem e aterragem verticais, a Moon Express tem um projeto para explorar os minerais lunares e a Orbit Beyond é a primeira companhia privada norte-americana a ter permissão para viajar para lá da órbita terrestre em direção ao espaço profundo.
“Estas missões iniciais vão permitir importantes demonstrações de tecnologia que vão fundamentar futuros sistemas de exploração necessários para que os humanos retornem à superfície lunar e ajudem a preparar a agência para enviar astronautas para Marte”.
Esses contratos podem ser postos em prática já a partir do início do próximo ano e permanecem em vigor por uma quantidade de materiais indeterminados, sem que ultrapassem os 2,6 mil milhões de dólares cada um nos próximos dez anos.