Greve na TAP entre o Natal e o Ano Novo deixaria 1500 voos em risco

Sindicato estima que 1500 voos possam ser afetados caso a greve coincida com as festividades, com milhões de euros de prejuízos.

Se a administração da TAP tinha expectativas que a assembleia-geral de tripulantes de cabine da companhia resultasse na desconvocação da greve prevista para os dias 8 e 9 de dezembro, o plano não poderia ter saído mais ao lado. Da reunião resultou a aprovação de mais cinco dias de paralisação, os quais devem ser cumpridos até 31 de janeiro.

As datas concretas ainda não estão definidas, mas o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) admite a possibilidade de os protestos coincidirem com o Natal e o fim de ano. “Todos os cenários são possíveis. Não descuramos qualquer uma das situações”, reconheceu Ricardo Penarroiasm presidente do SNPVAC, citado pelo Dinheiro Vivo.

Tal poderá resultar, em plena época festiva, em consternações para milhares de passageiros que se pretendem deslocar com o intuito de visitar familiares e comemorar as festas de final de ano. A mesma estrutura sindical estima mesmo que ao longo de cinco dias possam ser afetados cerca de 1500 voos, antecipando-se elevados prejuízos para a companhia — só para os dias 8 e 9 de dezembro estimaram-se perdas na ordem dos oito milhões de euros.

“Dependendo do momento em que avançarmos com a greve, esta poderá ter maior ou menor impacto financeiro. No dia 30 de dezembro terá mais impacto do que dia 30 de janeiro, por exemplo”, estipulou o representante dos tripulantes.

A companhia está atualmente em negociações com os trabalhadores, mas as duas partes não têm conseguido chegar a um entendimento. A TAP lamentou o anúncio e garantiu estar disponível para evitar que os protestos aconteçam. “Estamos muito tristes, espero que consigamos reunir-nos novamente depois destes dois dias [de greve na quinta e sexta-feira] e tentar encontrar uma solução para evitar uma disrupção para toda a gente”, explicou Christine Ourmieres-Widener.

Ricardo Penarroiasm, por sua vez, entende que “cabe agora à empresa dar o primeiro passo depois de ter saído da mesa de negociações“. As conversações decorrem desde 14 de outubro.

ZAP //

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