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Nova teoria explica origem de meteoritos potencialmente perigosos

P.Carril / ESA

O asteróide 2011 UW-158, a maior pedra preciosa do Mundo

O asteróide 2011 UW-158

Uma equipa científica internacional liderada por Philipp Heck, da Universidade de Chicago, chegou à conclusão de que a causa principal dos choques entre meteoritos e a Terra são as colisões de asteróides que ocorreram há centenas de milhões de anos.

Os investigadores acreditam que as colisões de asteróides nos recantos mais remotos do universo produzem “destroços” que se foram dispersando e caindo no nosso planeta ao longo das últimas centenas de milhões de anos.

A maioria destes asteróides são os chamados “objetos próximos da Terra“, mais conhecidos por seu acrónimo em inglês NEO, Near Earth Objects, que são feitos de pedra com incrustações de minerais e com pouca quantidade de ferro e de metais.

Entretanto, os meteoritos encontrados na nossa Terra pertencem a outro tipo, caracterizado pela abundância em ferro em detrimento dos outros metais. Mas por que são tão diferentes uns dos outros?

De acordo com os investigadores, na sua maioria, os meteoritos que caíram no nosso planeta não têm origem em locais “próximos”, mas são produto de choques que ocorreram há milhões de anos.

Estas colisões produzem fragmentos de pedra que navegam pela nossa galáxia desde então. O principal problema é que só somos capazes de ver os restos destes corpos celestes quando eles já estão numa proximidade perigosa da Terra, diz o artigo publicado na revista científica Nature Astronomy.

De acordo com o autor principal do estudo, Philipp Heck, estes meteoritos seriam provenientes de uma “sequência de colisões que começa com a ruptura de um asteróide ou um impacto que gera fragmentos e novos asteróides menores, que chocam de novo entre si e geram mais fragmentos”, criando um efeito em cadeia.

Os cientistas determinaram também que o fluxo de meteoritos muda com o tempo. Assim, quando se produz um grande número de pequenas colisões num espaço relativamente pequeno, há um aumento destes pequenos fragmentos, ou seja, a “densidade” de corpos celestes numa determinada região do espaço pode aumentar.

Os investigadores pretender agora dar mais atenção aos grandes choques de asteróides para saber de onde podem provir os meteoritos potencialmente perigosos, em vez de monitorizar os objectos já conhecidos – que têm trajectórias mais ou menos previsíveis.

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