No final de abril, pela primeira vez nos últimos 60 anos, o Monte Sourabaya entrou em erupção. Foi um belíssimo espetáculo: lava incandescente por todo o lado, não apenas uma vez, mas em duas explosões.
Infelizmente, ninguém estava lá para testemunhar o espetáculo – apenas os satélites da NASA, já que ninguém vive nas proximidades deste vulcão, que se situa na Ilha Bristol, nas Ilhas Sandwich do Sul, em pleno Atlântico Sul.
O Monte Sourabaya tem altura de 1.100 metros e situa-se 1,9 quilómetros a noroeste do Monte Darnley, na mesma ilha – também chamada de Isla Blanca – e 2.776 quilómetros a sudeste de Buenos Aires.
Trata-se de um estratovulcão, cónico e alto, feito de material vulcânico, incluindo lava e cinzas, e normalmente está coberto de gelo – o que explica porque é que não vive ninguém por perto.
Erupções em fins-de-mundo como a ilha Bristol costumavam passar despercebidas, mas com o surgimento de satélites e monitorização sísmica, os cientistas viram aumentar os seus conhecimentos sobre este tipo de evento.
As imagens obtidas pela NASA entre 24 de abril e 1 de maio vieram do satélite Landsat 8, mais especificamente do Operational Land Imager, que capturou as imagens em cores falsas – mostrando o infravermelho e vermelho, que apontam gradientes de calor.
Cada imagem mostra a parte mais quente do vulcão com um vermelho brilhante e laranja. Também são visíveis a coluna de cinzas, a branco, e a cobertura de gelo da ilha, a azul claro.
A última erupção do Monte Sourabaya, um dos vulcões menos estudados no mundo, aconteceu em 1956.