Nigel Farage voltou atrás na decisão de se demitir, anunciada depois de falhar a eleição para o parlamento britânico, e vai manter-se na liderança do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP).
A Comissão Nacional Executiva (NEC) do UKIP recusou aceitar a demissão de Farage, considerando que liderou a campanha eleitoral com “grande êxito”, apesar de o partido eurocético ter eleito apenas um deputado à Câmara dos Comuns.
Na sexta-feira, após o anúncio de que foi derrotado pelo rival conservador no seu círculo, Farage cumpriu o que prometera antes das eleições e apresentou a demissão, embora tenha admitido voltar a candidatar-se à liderança em setembro.
Mas a comissão do partido “rejeitou unanimemente” a demissão e apresentou “provas esmagadoras de que os membros do UKIP não querem que Nigel se vá embora“, disse Steve Crowther, presidente do UKIP, esta segunda-feira.
“A NEC também concluiu que a campanha do UKIP para as eleições gerais foi um grande êxito”, acrescentou.
O UKIP obteve quase quatro milhões de votos em todo o Reino Unido nas eleições da semana passada, 12,6%, mas essa votação traduz-se apenas num deputado eleito em virtude do sistema eleitoral britânico, de escrutínio uninominal.
“Fizemos uma campanha muito positiva, com um manifesto muito bom, e quatro milhões de votos é um feito extraordinário”, disse Crowther.
“Nesse sentido, Farage foi convencido pela Comissão a retirar a demissão e mantém-se como líder do UKIP”, concluiu.
Nigel Farage, 51 anos, entrou no UKIP em 1993 como membro fundador e foi eleito pela primeira vez para o Parlamento Europeu em 1999. Tornou-se líder do partido em 2006, demitiu-se do cargo em 2009 e foi reeleito em 2010.
/Lusa