(dr) Museu de Arte e História do Neuchâtel

Museu de Arte e História do Neuchâtel
Ideia agrada na Suíça: “Acho que é uma óptima ideia. Devia haver receitas para todos os museus do mundo!”.
E se, depois de uma consulta com o seu médico de família, olhasse para a receita e visse um bilhete para um museu?
Não é fantasia: já está a acontecer em Neuchâtel, cidade na Suíça que tem uma importante comunidade portuguesa (tal como outros locais suíços).
É um projecto-piloto, das autoridades locais, para melhorar a saúde física e mental: agora, os médicos podem prescrever visitas gratuitas a museus aos pacientes. Faz parte de alguns planos de tratamento.
Ou seja, a receita permite ao doente entrar – de borla – em qualquer um dos quatro museus da cidade. É também uma forma de descanso cultural dado aos pacientes, sublinha o Euronews.
Inspirado numa iniciativa semelhante em Montreal, Canadá – realizada há cerca de seis anos – este programa suíço já distribuiu cerca de 500 receitas, com um orçamento de pouco mais de 10 000 euros.
Se correr bem, a entrada gratuita pode ser aplicada para eventos de teatro ou dança, mais tarde.
Junta-se a arte e a ciência: a própria Organização Mundial de Saúde já admitiu que as artes fazem bem à saúde mental: reduz o impacto do trauma, retarda o declínio cognitivo.
“A arte pode ajudar a relaxar a mente, quase como uma medicina preventiva. As pessoas aperceberam-se durante a crise da COVID-19, quando os locais culturais foram encerrados, do quanto precisamos destes espaços para nos sentirmos melhor”, analisou Julie Courcier Delafontaine, membro do conselho de Neuchâtel.
E há esperanças de que o sistema nacional de saúde da Suíça passe a comparticipar na “cultura como terapia”.
Carla Fragniere Filliger, professora reformada e poetisa, já seguiu uma destas novas receitas e reagiu: “Acho que é uma óptima ideia. Devia haver receitas para todos os museus do mundo!”.