Afinal, Neto de Lula da Silva não morreu de meningite

Antonio Lacerda / EPA

Arthur Araújo Lula da Silva, neto do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, morreu no passado mês de março, com apenas sete anos. Agora, de acordo com a prefeitura de Santo André, a criança não morreu de meningite menigogócica como havia informado o Hospital Bartira, em Santo André.

Segundo um comunicado da Secretaria de Saúde do município, citado pela revista brasileira Exame, os exames realizados à criança descartaram a presença de meningite, sendo que ainda não foi revelada a verdadeira causa de morte da criança, avançou o semanário Sol na terça-feira.

A mesma revista escreveu ainda que até ao momento o hospital onde o neto do antigo presidente do Brasil morreu não se pronunciou sobre o assunto.

Porém, de acordo com o G1, o Instituto Lula revelou que a criança morreu de infeção generalizada provocada pela bactéria Staphylococcus aureus. A notícia, também divulgada na terça-feira, revela que a mesma costuma ser encontrada em infeções de pele.

Segundo jornal Folha de S. Paulo, o risco de uma infeção por essa bactéria pode levar à morte pessoas saudáveis, como aconteceu com Arthur, é muito baixo mas pode ocorrer. Depende de uma série de fatores, tanto da caraterísticas da bactéria quanto do paciente e da sua suscetibilidade imunológica.

Para os médicos, primeiro é preciso investigar qual foi a porta de entrada da bactéria na corrente sanguínea e entender a razão pela qual se disseminou tão rapidamente.

Situações como estas ocorrem mais frequentemente com pessoas internadas, que usam sondas e cateteres ou com indivíduos que têm problemas de imunidade, levando o organismo a não reagir ou combater adequadamente os microrganismos.

Não existe vacina que previna a infeção por esta bactéria. Geralmente, é possível prevenir a contaminação com simples cuidados básicos de higiene, principalmente se houver ferimentos na pele: lavar as mãos e o local da ferida, acrescenta o Folha de S. Paulo.

Na segunda-feira, o deputado federal Alexandre Padilha, que percebeu as dúvidas da família em relação ao diagnóstico feito pelo hospital e pediu uma série de novos exames, utilizou o Twitter para pedir esclarecimentos ao Hospital Bartira.

“[Espero que o hospital] esclareça quais procedimentos de apuração já realizou para o vazamento de diagnóstico que se revelou anti-ético para com a família e irresponsável com a saúde pública da região”, escreveu.

No último sábado, o deputado já havia feito declarações à Revista Fórum a informar que a criança não morreu de meningite, mas que não revelaria o motivo por respeito à família.

“O Arthur não morreu de meningite meningocócica. Não posso dizer do que ele morreu, porque a divulgação disso é uma decisão da família. Mas posso afirmar do que não foi. O agente etiológico não é o meningococo”, explicou.

Lula da Silva obteve autorização judicial para deixar a prisão em Curitiba (PR) acompanhar o velório e a cerimónia de cremação do corpo do neto no dia 02 de março, realizados no Cemitério Jardim das Colinas, em São Bernardo do Campo.

TP, ZAP //

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