Nem Galamba vale ao PSD (mas a direita ganha na pior avaliação de sempre ao Governo)

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ZAP // Mário Cruz / Lusa

Se as eleições fossem hoje, o PS voltaria a ganhar. É o que diz a mais recente sondagem do ICS/ISCTE para a SIC e o Expresso que aponta que o PSD não ganha votos com a crise Galamba e com a pior avaliação de sempre ao Governo de António Costa.

Em tempos de de crise política, com o caso João Galamba, as confusões no Ministério das Infraestruturas e a gestão da TAP em jogo, as intenções de voto no PSD mantêm-se nos 30% e a popularidade do líder do partido, Luís Montenegro, até desce.

Esta é a conclusão da sondagem do ICS/ISCTE para a SIC e o Expresso que é divulgada nesta sexta-feira, dando conta de que o PS sobe um ponto percentual, para os 31%, relativamente aos dados recolhidos em Março.

Numa sondagem divulgada há cerca de 15 dias, realizada pela Intercampus para o Jornal de Negócios e para o Correio da Manhã, o PS registava uma queda com 22,4% das intenções de voto, enquanto o PSD somava 24,1%.

Mas esta nova sondagem volta a colocar o PS na frente, apesar de o Governo de António Costa receber a pior nota de sempre, com 71% dos inquiridos a considerarem que o Executivo é “mau” ou “muito mau”. Mesmo entre quem vota habitualmente no PS, há 46% a dar nota negativa ao Governo.

Mas o principal partido da oposição não ganha votos com isso – nem os demais adversários do PS.

Contudo, mantém-se uma maioria de direita nas intenções de voto dos portugueses – PSD (30%), Chega (13%), Iniciativa Liberal (4%) e CDS (1%). Estes partidos juntos somam 48% dos votos, contra 44% dos partidos de esquerda – PS (31%), Bloco de Esquerda (5%), CDU (5%), PAN (2%) e Livre (1%).

Estes dados colocam o PSD dependente do Chega para governar. É que mesmo juntando os seus votos aos da Iniciativa Liberal e do CDS, ficaria com 35%, mais do que o PS, mas distante de um possível entendimento à esquerda.

Os resultados desta sondagem não mudam muito relativamente à última análise do ICS/ISCTE realizada em Março. Só o CDS caiu de 2% para 1%, e o PS subiu de 30% para 31%, enquanto os demais partidos se mantiveram praticamente iguais.

Marcelo é o melhor líder, Ventura o pior

Na avaliação individual aos líderes políticos, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa recolhem frutos da crise política que os colocou de candeias às avessas, subindo ambos duas décimas cada um na popularidade.

Numa escala de 0 a 10, o Presidente da República continua a liderar destacado como o político mais bem cotado junto dos portugueses, com uma nota de 6,7.

Costa tem uma nota de 4,8 enquanto Montenegro recebe 3,9 depois de ter conseguido um 4,5 no final de 2022.

Catarina Martins deixou a liderança do Bloco de Esquerda com uma avaliação de 4,1 enquanto Inês Sousa Real (PAN) e Rui Tavares (Livre) recolhem, respectivamente, uma nota de 3,3 cada um. Paulo Raimundo (PCP) e Rui Rocha (Iniciativa Liberal) são avaliados em 3,2 cada um.

No último lugar da lista, quanto à avaliação do desempenho dos líderes dos partidos com assento parlamentar, surge André Ventura (Chega) com uma nota de 3,0.

ZAP //

1 Comment

  1. O Ventura com 3? E é a terceira força política…
    E o nosso PM com 4,8?
    As perguntas foram feitas a militantes PS?
    Temos o que merecemos… Não mudem não…

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