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Naufrágio do século XVI encontrado na Florida (mas o tesouro pertence à França)

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(dr) Global Marine Exploration, Inc.

A flor-de-lis francesa gravada no canhão do século XVI descoberto em naufrágio em Cape Canaveral, Florida.

Um naufrágio do século XVI, sobrevivente de uma das primeiras viagens europeias à América, foi descoberto na costa da Florida.

O achado guarda tesouros que valem milhões de dólares, mas um tribunal norte-americano determinou que a empresa que o descobriu não tem o direito de manter os valiosos artefactos.

A decisão judicial é justificada com a probabilidade de o naufrágio ser o de uma pequena frota de navios franceses liderados pelo explorador Jean Ribault, que navegou para estabelecer uma colónia na Florida entre 1562 e 1565.

Em maio e junho de 2016, a empresa de recuperação marinha Global Marine Enterprises localizou três canhões de bronze ornamentados de um naufrágio, cada um n o valor de mais de um milhão de dólares, além de um monumento de mármore com o brasão de armas do rei da França – actualmente considerado “inestimável”.

A empresa de exploração marinha tinha autorização do Estado da Florida para explorar sete áreas do fundo do mar perto de Cabo Canaveral.

Durante a disputa legal, a GME argumentou que invasores espanhóis saquearam os canhões e artefactos da antiga colónia francesa em Fort Caroline, na Florida, em 1565. Logo, tais objectos estariam a bordo de um navio espanhol, provavelmente com destino a Cuba, quando o navio afundou na costa da Florida.

A juíza Karla Spaulding, no entanto, atribuiu à França a propriedade do naufrágio e dos seus valiosos artefactos. O tribunal determinou que estavam provavelmente a ser levados na nau de Jean Ribault, La Trinité, que se afundou durante uma tempestade em 1565.

Internet Archive / Flickr

O pilar de mármore com o brasão de armas do rei da França era transportado na nau de Jean Ribault

Além dos três canhões de bronze e do monumento com o brasão, os mergulhadores da GME encontraram também 19 canhões de ferro, 12 âncoras e outros objetos enterrados sob cerca de um metro de areia.

Poucos meses depois da descoberta, a França reivindicou os restos do naufrágio, numa acção interposta num tribunal norte-americano, alegando que os artefactos eram provenientes da nau de Ribault.

A França, que foi apoiada em seu processo pelo Estado da Florida, alega que o naufrágio do La Trinité está protegido por um direito soberano, reconhecido na lei dos EUA, que impede o resgate não autorizado de navios, e o tribunal aceitou este argumento. Não se sabe se a GME apresentará recurso contra a decisão do tribunal.

A decisão judicial foi bem recebida pelo St. Augustine Lighthouse & Maritime Museum, organização que administra um programa de arqueologia marítima. No passado, o museu já tinha procurado os destroços da “frota perdida” de Ribault.

De acordo com comunicado do museu, “essencialmente, esta decisão permite que a escavação do naufrágio seja organizada pelo Estado da Florida, em cooperação com a França”. Os cientistas esperam fazer parte do projecto para preservar os tesouros descobertos.

Este naufrágio é o mais significativo encontrado nas águas da Florida”, disse a diretora executiva do museu, Kathy Fleming.

4 Comments

    • para que nos vamos chatear com uns trocos se somos um pais muito rico? rssssss
      aqui se vê a mentalidade dos politicos. uns abrem uma “guerra” outros oferecem milhoes

  1. O Governo Espanhol e o Governo francês estão òbviamente interessados em defender o seu património histórico submarino. E fazem-no com empenho. Apenas os sucessivos Governos Portugueses têm demonstrado um total e absoluto desinteresse e desprezo pelos achados de naufrágios Portugueses um pouco por todo o Mundo ( por onde andávamos no único período histórico em que éramos respeitados, admirados e temidos. Caprichos de países ricos… ( e burgessos ). Em Portugal, a Cultura, o Património são uma chatice porque obrigam, a gastar uns dinheiritos que eram mais bem empregues numas estradas, numas PPPs, numas negociatas para os amigos do partido . Os Portugueses de hoje gastam dezenas de anos a discutir O NOME DE UM MUSEU! Se o ridículo das notícias chegasse ao outro mundo o D.João II estava aos altos na sepultura! É que no tempo em que hoje se discute o nome do Museu, o D.João II teria explorado toda a costa africana, descoberto novamente o Brasil, o caminho da Índia, etc, etc, etc. ( Quem ficou com os créditos foi o D. Manuel, mas quem lançou e defendeu a empreitada foi “el Hombre”)

  2. É difícil de entender-se como Portugal que foi o Senhor dos oceanos e mares desse mundo a fora:descobridor de rotas marítimas,contornando continentes antes nunca navegados e vermos hoje Portugal como paraíso de malfeitores e turistas a procura de bordéis em suas encantadoras praias.Nomes como:Vasco da Gama,Bartolomeu Dias,o intrépido Fernão Magalhães,Gaspar Lemos,Diogo Cão e tantos outros corajosos navegadores,que singraram os Oceanos Atlântico,o Tempestoso Indico e o Pacífico, numa época em que não havia a tecnologia que temos hoje. Nomes portugueses em todos continentes.Ah! quanto é dignificante e honroso ver ilhas,estreitos,cidades,arquipélagos pelo mundo civilizado com nomes de heróis portugueses. Vermos Portugal presente na India (Goa,Diu e Damão);Macau,encravada na China;Timor na distante Oceania;fizemos presença no Japão; Sem falarmos nas Américas,onde ficamos com quase metade do Continente. È interessante vermos portugueses com os olhos apertados dos orientais e morenos como os indus ou indianos como queiram Portugal de Luís Vaz de Camões com o épico Lusíadas,que podemos compará-lo com a Odisséia /Ilíada de Homero, -é questão de ufanismo de minha parte. Então. está na hora,momento, de Portugal dá um grito ao mundo ,mostrando os seus valores e a sua potencialidade. Portugal,Tu és o MAIOR. É um pouco do que pensa João Luiz Gondim Aguiar… [email protected]

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