Um naufrágio com duas embarcações na costa da Líbia matou, esta quinta-feira, pelo menos 150 pessoas. As restantes foram salvas por um barco de pesca que se encontrava nas proximidades.
Pelo menos 150 pessoas morreram, esta quinta-feira, num naufrágio com duas embarcações nas proximidades da costa líbia, avançou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), citado pelo Público.
Calcula-se que estivessem a bordo cerca de 300 refugiados e migrantes, maioritariamente da Eritreia, sendo que os restantes foram salvos graças a um barco de pesca que se encontrava nas proximidades, tendo regressado ao país do Norte de África.
“Este evento terrível demonstra, mais uma vez, a necessidade extrema de mudar-se a abordagem no Mediterrâneo. Uma ação urgente é necessária para salvar vidas e prevenir, em primeiro lugar, que outras pessoas entrem naqueles barcos, oferecendo alternativas legais e seguras”, afirmou Charlie Yaxley, porta-voz do ACNUR, citado pelo Expresso.
Desde o início de 2019, já morreram pelo menos 686 pessoas no Mediterrâneo, número que não inclui ainda o naufrágio desta quinta-feira. Em 2018, morreram 1510 pessoas.
Segundo o Público, o Alto Comissariado e outras agências das Nações Unidas têm apelado incessantemente para que estas pessoas não sejam devolvidas à Líbia, onde acabam por viver em condições atentatórias aos direitos humanos, entre tráfico humano, tortura e violações.
Quase 38 mil pessoas chegaram à Europa pelo mar durante este ano, enquanto outras oito mil fizeram-no por terra, regista o Organização Internacional de Migrações (OIM).
A diminuição de chegadas deve-se ao facto de o Governo italiano ter acordado com a guarda costeira da Líbia o bloqueio de todas as embarcações. Ainda esta sexta-feira, o ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, avisou que vai impedir o desembarque de 140 migrantes que estão em barcos da Guarda Costeira italiana até que haja um acordo para a sua distribuição pelos países europeus.
A 23 de julho, 14 países da União Europeia (UE) chegaram a um “acordo de princípio” sobre uma iniciativa franco-alemã para um mecanismo temporário que permita o desembarque de migrantes resgatados no Mediterrâneo central e a sua posterior distribuição entre os Estados.
Itália não participou na reunião e Salvini disse que foi “um erro de forma e substância”, avisando que o país “não é dama de companhia de ninguém e não obedece a nenhuma ordem”.
No momento, não há navios de qualquer operação europeia no Mediterrâneo central, nem de ONG, já que algumas destas últimas viram os seus barcos apresados pela Justiça italiana no âmbito de investigações de “ajuda à imigração ilegal”.
O único navio operacional neste momento é o “Ocean Viking” da SOS Mediterranée e da Médicos sem Fronteiras, mas ainda não chegou à área, e o navio da Open Arms está atracado na Sicília.
ZAP // Lusa
A Europa não aguenta com tanto imigrante porra. Correram com os brancos de África e agora vem eles para cá colonizar a Europa.
Curioso… não foram os brancos que por lá estiveram e que deixaram o país naquele estado?
De uma certa forma os brancos são os culpados!!!