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NATO expulsa sete diplomatas russos

Armando Babani / EPA

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg

A NATO decidiu expulsar sete diplomatas russos e negar a acreditação de outro três. Em causa está o envenenamento do ex-espião russo Skripal.

A NATO anunciou, esta sexta-feira, que decidiu expulsar sete diplomatas da missão da Rússia junto daquela organização, na sequência do envenenamento de Serguei Skripal no Reino Unido, cuja responsabilidade Londres atribui a Moscovo.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, indicou ainda que a Aliança Atlântica rejeitou os pedidos de acreditação para outros três elementos da missão da Rússia, que não é membro da aliança atlântica.

“Retirei hoje a credencial de sete pessoas da missão russa ante a NATO. Também vou negar os pedidos pendentes de outros três”, informou Stoltenberg à imprensa na sede da organização, em Bruxelas. Stoltenberg anunciou igualmente que o número de diplomatas russos na aliança iria ser reduzido dos atuais 30 para 20, segundo a Reuters.

“Esta decisão manda uma mensagem clara à Rússia de que há custos e consequências para a sua forma de atuar, inaceitável e perigosa“, acrescentou o secretário-geral da Aliança do Atlântico Norte, em conferência de imprensa.

Embora não faça parte da NATO, a Rússia tem relações com a aliança atlântica desde 1991, e nos últimos 24 anos assinaram vários acordos de parceria, escreve o Público, acordos esses que foram suspensos ou seriamente afetados a partir de 2014, na sequência da anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia.

No total, até ao momento, cerca de vinte países decidiram expulsar mais de 120 diplomatas russos.

Skripal e a filha continuam hospitalizados em estado crítico, mas estável, desde que inalaram, a 4 de março, em Salisbury, no sudoeste de Inglaterra, onde residem, um gás neurotóxico chamado Novichok, de fabrico russo, segundo as autoridades britânicas.

ZAP // Lusa

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