A NASA aprovou a produção de um telescópio espacial infravermelho para detetar asteroides que possam representar uma ameaça para a Terra.
A agência está a desenvolver o telescópio espacial Near-Earth Object Surveyor – ou NEO Surveyor – após uma revisão bem-sucedida da missão, avança a NASA.
O telescópio é parte dos “esforços de defesa planetária” da NASA para identificar asteroides perigosos que chegam aos 30 milhões de quilómetros da órbita da Terra.
Mike Kelley, cientista do programa NEO Surveyor da NASA, disse que o telescópio vai acelerar significativamente a capacidade da agência encontrar os cometas.
“O NEO Surveyor terá capacidade para acelerar a forma com que a NASA é capaz de descobrir asteroides e cometas que podem representar um perigo para a Terra, e está a ser projetado para descobrir 90% dos asteroides de 140 metros, ou maiores, dentro de uma década”, referiu Kelley no comunicado.
Segundo o The Byte, quando se trata de asteroides potencialmente fatais, a melhor defesa da Terra é a deteção precoce. Quanto mais cedo se perceber que um asteróide está a aproximar-se, mais rapidamente se pode providenciar meios para desviar ou destruir o objeto.
A agência quer testar um método de deflexão chamado missão Double Asteroid Redirection Test (DART) ainda este ano. Para essa missão, a NASA irá enviar uma nave para impactar diretamente um asteróide para analisar se esta pode mudar a sua velocidade e trajetória.
O NEO Surveyor será colocado em órbita ao redor da Terra, acionando os seus sensores infravermelhos para descobrir mais rapidamente qualquer asteróide que se aproxime.
Atualmente, os cientistas que usam telescópios no solo não conseguem detetar asteroides durante o dia devido ao sol. No entanto, o infravermelho irá permitir que o NEO Surveyor detete asteroides, mesmo quando estes estão a mover-se na direção do sol.
Assim, “o NEO Surveyor vai ajudar os astrónomos a descobrir riscos de impacto que poderiam aproximar-se da Terra do céu diurno”, afirmou Amy Mainzer, principal investigadora do NEO Surveyor.
Embora as possibilidades de um asteróide apocalíptico colidir com o nosso planeta sejam bastante baixas, é reconfortante saber que estão ser movidos esforços para o detetar precocemente.