“Não é não”, parte II – agora foi Pedro Nuno a utilizar essa expressão

ZAP // Hugo Delgado / Lusa; PSD / Flickr

Líder do PS volta a afastar-se da extrema-direita, prevê mudança a nível europeu e elogia António Costa.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, disse em Bruxelas que “não significa não” relativamente à extrema-direita, em Portugal e na União Europeia (UE), comprometendo-se a trabalhar para uma vitória socialista nas eleições em Portugal e europeias.

“Para nós, é muito claro: quando se trata da extrema-direita, não significa não. Nada de coligações, nada de acordos parlamentares, nada de negócios ocultos nos bastidores, nada de cópias em papel da sua agenda dura”, declarou Pedro Nuno Santos, intervindo no Parlamento Europeu, em Bruxelas, perante a bancada dos Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D).

Recorde-se que, no dia das eleições na Madeira, Luís Montenegro disse que o seu PSD não faria acordo com o Chega em nenhuma eleição. Quando foi questionado sobre o assunto poucos dias depois, reforçou: “Não é não”.

Intervindo na reunião desta quarta-feira com o grupo político do PS na assembleia europeia, o secretário-geral do PS garantiu que a posição dos socialistas deve “ser forte e coerente antes e depois qualquer dia de eleições”.

Somos diferentes deles, e temos muito orgulho nisso […]. É por isso que temos de nos manter unidos, trabalhar lado a lado incansavelmente para ganhar as próximas eleições – primeiro as eleições nacionais em Portugal e depois as eleições europeias em junho”, adiantou Pedro Nuno Santos.

O líder do PS repetiu que é preciso lutar “contra a maré de populismo, nacionalismo e xenofobia que procura minar os alicerces da nossa identidade europeia”.

“Infelizmente, receio que não possamos contar com um muro democrático alargado, que inclua quase todas as alas políticas não populistas. O silêncio – ou devo dizer – a complacência dos partidos políticos de centro-direita, que estão dispostos a comprometer os seus princípios em nome de ganhos políticos a curto prazo, representa um perigo que não pode ser ignorado”, justificou.

Pedro Nuno Santos prevê que a extrema-direita tenha cada vez menos adeptos em Espanha, Itália, Suécia e Finlândia. E em Portugal: “Agora também em Portugal, é bem possível que isso aconteça no próximo Parlamento Europeu”.

Nesta digressão europeia, o almoço de ontem foi em Bruxelas com… António Costa: “O almoço foi confirmado entre nós. Obviamente que somos camaradas e continuaremos a trabalhar em conjunto”.

Pedro Nuno repetiu os elogios ao ainda primeiro-ministro: “É um dos líderes políticos mais respeitados e admirados ao nível europeu e isso é um motivo de orgulho”.

“O peso dessa responsabilidade é enorme, a consciência da realidade e que sucedo a um grande líder político em Portugal e na Europa”, acrescentou.

Questionado sobre um eventual futuro cargo europeu para Costa, Pedro Nuno respondeu: “António Costa será aquilo que desejar e terá o apoio do PS”.

ZAP // Lusa

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