Um novo documento institucional sobre diversidade sexual nos escuteiros católicos portugueses está a gerar polémica, porque, segundo alguns padres, deixa “de promover entre os jovens a meta da pureza e da castidade”.
O acolhimento de todas as pessoas nos escuteiros, independentemente da orientação sexual, está a abrir uma “guerra” dentro do movimento escutista católico.
De acordo com o Correio da Manhã, um novo documento sobre diversidade sexual divulgado pelo Corpo Nacional de Escutas (CNE) que defende o acolhimento de todos está a causa muita polémica, nomeadamente entre padres que consideram que a circular “não está em comunhão com a doutrina católica”.
O padre Pedro José Lopes Correia, assistente regional do CNE em Aveiro, por exemplo, considera que o documento “não respeita o programa educativo” do CNE, porque “não se identifica com a Sagrada Escritura, o magistério da Igreja, a reflexão teológica, concretamente, a moral católica”.
“Não, Deus não nos aceita tal como somos, de todo! Se Jesus Cristo nos aceitasse como nós somos não precisava de ter vindo à Terra”, escreveu o sacerdote, numa publicação na sua página no Facebook, citada pelo CM.
“Uma coisa é a delicadeza e o respeito, outra coisa é promover, normalizar, banalizar… a sua prática (veja-se a publicidade, a literatura, as televisões, o cinema, as abordagens na escola e, agora, até dentro da própria Igreja)”, considerou o padre Pedro José Lopes Correia.
Em declarações ao Sete Margens, o chefe nacional do Corpo Nacional de Escutas, Ivo Faria – que, no passado, viu o seu nome envolvido no Luanda Leaks – garantiu que “todo o trabalho foi desenvolvido em estreita ligação com as estruturas do CNE, envolvendo a Junta Central, os assistentes regionais, os chefes regionais, e a Conferência Episcopal Portuguesa”.
Jamais confiaria uma criança a estes grupos, padres, ou quaisquer outros representantes da igreja católica, um antro de malfeitores salvo exceções, tão raras, que só confirmam a regra.