Um físico propôs uma experiência inovadora destinada a determinar se a nossa realidade é, de facto, uma vasta simulação de computador.
Esta hipótese desafia a compreensão convencional do Espaço, do tempo e da matéria, sugerindo que o tecido da nossa existência é composto por bits de informação.
O famoso físico John Archibald Wheeler propôs a ideia pela primeira vez em 1989, afirmando que o Universo é inerentemente matemático, emergindo da informação. Com base nesta ideia, o filósofo Nick Bostrom formulou a hipótese da simulação em 2003, afirmando que uma civilização avançada poderia criar simulações indistinguíveis da realidade.
Seth Lloyd, um físico do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, levou esta noção um pouco mais longe, sugerindo que todo o nosso Universo poderia ser um computador quântico colossal.
Vários aspetos da nossa realidade alinham-se com a hipótese da simulação. A natureza pixelizada do nosso mundo, implícita na mecânica quântica, reflete a estrutura digital da realidade virtual. As próprias leis da Física assemelham-se a linhas de código num programa de computador e os padrões matemáticos estão presentes em todos os cantos do nosso universo.
O limite máximo de velocidade na nossa realidade, representado pela velocidade da luz, é paralelo ao limite da capacidade de processamento num ambiente virtual. A teoria da relatividade geral de Einstein também indica a dilatação do tempo na presença de forças gravitacionais intensas, semelhante a um processador sobrecarregado que abranda numa simulação.
A mecânica quântica também fornece provas convincentes. Os estados das partículas parecem existir numa sobreposição até serem observados, fazendo eco do papel de um observador ou programador na realidade virtual. O entrelaçamento quântico desafia os constrangimentos da Física clássica, fazendo lembrar o código interligado num ambiente simulado.
Para testar a hipótese da simulação, o físico por detrás desta iniciativa propôs um protocolo experimental. O princípio de equivalência massa-energia-informação sugere que os bits de informação, que constituem o código da simulação, devem ter uma massa pequena. A experiência consiste em apagar a informação contida nas partículas elementares através da aniquilação, com as frequências resultantes dos fotões emitidos a fornecerem informações cruciais.
O físico argumenta que a informação é uma quinta forma de matéria no Universo, e a experiência está preparada para testar estas previsões. Para facilitar este empreendimento inovador, foi lançada uma campanha de crowdfunding.
A campanha de crowdfunding convida as pessoas a contribuírem para este projeto científico, aproximando-nos mais um passo da possível descoberta.
ZAP // The Conversation