Se cada manipulação do conta-quilómetros fosse sinónimo de 3 mil euros, o Estado receberia por ano 40 milhões de euros.
Um dos assuntos frequentes nesta campanha eleitoral é esta pergunta: onde se pode arrecadar dinheiro para esta ou aquela medida?
Há uma forma de conseguir uns milhões de euros por ano. Não seriam muitos, mas seriam uma ajuda.
Um estudo da carVertical estima que o Estado português poderia ficar com até 40 milhões de euros por ano extra, se fossem aplicadas multas a quem altera conta-quilómetros.
Apesar de ser crime – com pena de prisão até 3 anos ou multa – muitos destes esquemas passam ao lado da Justiça.
Se cada uma dessas fraudes no conta-quilómetros fosse punida com uma multa de 3 mil euros, chegaríamos até aos tais 40 milhões de euros anuais.
O estudo da carVertical, empresa de dados do sector automóvel, envolveu relatórios de 22 países. Serviu para apurar a forma como os governos locais estão a tratar a fraude da quilometragem e que tipo de legislação é posta em prática, explica a empresa em comunicado enviado ao ZAP.
Há países que nem têm qualquer lei sobre o assunto. Mas há outros com castigos extremos: multa máxima de 300 mil euros em França, pena de prisão até 8 anos na Croácia.
Em Portugal, mesmo quando os casos seguem para tribunal, na maioria das vezes os burlões não ficam sujeitos a sentenças pesadas. Até porque é difícil provar em tribunal, sobretudo com carros importados.
As fraudes nos conta-quilómetros fazem com que o comprador do carro pague 20% ou mais do que o veículo realmente vale. No total, as perdas financeiras dos compradores burlados em Portugal podem ultrapassar os 66 milhões de euros.
A falsificação do conta-quilómetros é mais comum na Europa de Leste (Letónia no topo), onde os rendimentos são mais baixos e onde há mais carros importados.
E como provar que houve manipulação do Conta- Quilómetros , quando se adquire un veiculo de ocasião ou mesmo vendido como novo ? ….Hoje adquirir un Automóvel é como uma Lotaria .
Ha softwares que permitem ver se houve manipulação. Fica sempre registo.