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Mulheres que tiraram apêndice ou amígdalas podem ser mais férteis

Um recente estudo britânico indica que as mulheres que retiraram o apêndice ou as amígdalas podem ser mais férteis.

Os investigadores da Universidade de Dundee e do University College de Londres, no Reino Unido, analisaram os registos de centenas de mulheres britânicas durante os últimos quinze anos.

Para isso, a equipa consultou o UK Clinical Practice Research Databank, o maior banco de dados digital para registos médicos do mundo, escreve a BBC.

A análise incluiu dados de 54.675 pacientes que retiraram o apêndice, 112.607 pacientes que retiraram as amígdalas e 10.340 que passaram pelas duas cirurgias.

Os dados foram comparados com os registos de 355.244 mulheres do resto da população e foi possível apurar que essas cirurgias podem aumentar a fertilidade.

De acordo com o estudo, agora publicado na revista especializada Fertility and Sterility, as taxas de gravidez foram mais altas entre aquelas que retiraram o apêndice (54,4%), as amígdalas (53,4%) ou as que fizeram os dois procedimentos (59,7%) do que no resto da população (43,7%).

Os especialistas acreditam que este estudo pode ser uma grande ajuda para desmistificar estas cirurgias, sobretudo a da apêndice, que muitas vezes é associada à perda da fertilidade de uma mulher.

“Este estudo é muito importante porque assegura a todas as jovens que a apendicectomia não vai reduzir as chances de uma gravidez no futuro”, afirmou Sami Shimi, um dos cientistas envolvidos na investigação.

“As duas cirurgias juntas confirmam que retirar órgãos inflamados melhora até as possibilidades de engravidar”, declara.

De qualquer forma, a equipa alerta que essas intervenções não devem ser feitas apenas com o único propósito de tentar engravidar.

Até porque os investigadores não conseguiram ainda perceber a relação entre estas cirurgias e o aumento da fertilidade, explica a emissora britânica.

“A pesquisa desafia cientificamente o mito do efeito da apendicectomia na fertilidade. O que temos de estabelecer agora é exatamente como é que isso acontece”, explica Shimi.

A equipa reconhece, por isso, que são necessárias mais investigações mas acredita que pode ser uma boa ajuda para criar novos tratamentos.

ZAP / BBC

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