Mulher desenvolveu alergia a frutos secos depois do sexo. A culpa foi do sémen do parceiro

Uma mulher com alergia a frutos secos teve uma reação alérgica grave após o sexo com o seu namorado, que tinha comido castanhas-do-Brasil. Os médicos concluíram que o sémen foi o principal responsável.

Uma mulher de 20 anos do Reino Unido teve relações sexuais desprotegidas com o seu namorado. Pouco tempo depois, a sua vulva e vagina começaram a inchar e a causar comichão.

A paciente desenvolveu um angioedema, sentiu-se desmaiada e com falta de ar.

Como relata a Live Science, a mulher foi depois ao hospital e foi-lhe administrado 10 miligramas de cetirizina, um anti-histamínico oral que é normalmente utilizado para tratar urticária e alergias.

A mulher já sabia que era alérgica à castanha-do-Brasil – fruto seco que o seu namorado tinha consumido naquele dia.

No entanto, não ficou logo claro o que desencadeou a sua reação alérgica neste caso, uma vez que o parceiro garante que tomou banho e lavou os dentes, antes da relação sexual.

Os médicos concluíram depois que o sexo introduziu no corpo da mulher proteínas desencadeadoras de alergias, provenientes da castanha-do-Brasil, através do sémen do parceiro.

Mais tarde, para testar a sua teoria, os médicos fizeram testes de picada na pele da paciente utilizando diferentes amostras de sémen do seu parceiro.

Para um dos testes, os médicos utilizaram uma amostra recolhida quando o homem não tinha comido nozes recentemente. O outro teste utilizou uma amostra recolhida cerca de 2,5 horas depois de ele ter comido castanhas-do-Brasil.

No último teste, a mulher desenvolveu alergia na pele, o que sugeriu que os alérgenos daquele fruto seco estiveram mesmo por trás de sua grave reação alérgica pós-coito.

Os médicos sugeriram-lhe que, no futuro, se abstivesse de ter relações sexuais com o seu parceiro se ele tivesse comido castanhas-do-Brasil recentemente.

Como escreve a Live Science, este não é um caso isolado de indivíduos com alergias graves que desenvolvem reações alérgicas locais após contacto íntimo. No entanto, o culpado é geralmente a transferência direta de alergénios através do toque ou do beijo; e não o sémen.

“Tanto quanto sabemos, este é o primeiro caso de uma reação alérgica alimentar grave transferida por uma relação sexual vaginal normal”, escreveram os médicos do hospital num relatório, citados pela mesma revista.

ZAP //

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