Mulher assassinada na Madeira. É a 17º vítima de violência doméstica este ano

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Uma mulher, com cerca de 50 anos, foi assassinada durante a noite na residência onde vivia, na freguesia do Jardim do Mar, concelho da Calheta, zona oeste da Madeira, indicou fonte dos Bombeiros Voluntários da localidade.

Segundo o comandante da corporação, o alerta foi dado pelo irmão da vítima, pouco depois das 1h00, tendo os bombeiros deslocado para o local, no sítio da Piedade, uma ambulância e dois elementos.

“Quando chegámos, já era cadáver, já não havia nada a fazer”, indicou, sublinhando que as autoridades policiais foram informadas, encontrando-se no local a Polícia Judiciária e a Polícia de Segurança Pública.

O crime terá ocorrido num quadro de violência doméstica e foi alegadamente cometido pelo companheiro da vítima, desconhecendo-se o modo como o praticou. De acordo com o Correio da Manhã, o companheiro da mulher, que consumia drogas, é o autor do crime e já foi detido. A vítima, casada há um ano, deixa três filhos e um neto.

O homem, de 44 anos, passou a noite no Estabelecimento Prisional do Funchal, depois de ter sido detido durante a madrugada. Vai ser levado ainda esta segunda-feira para a PJ, onde vai ser interrogado.

Este ano, o número de mulheres mortas em contexto de violência doméstica já chegava aos 16, segundo a contabilidade feita a 18 de junho. O número exclui um homem e uma criança que morreram igualmente vítimas de violência doméstica em 2019. Em 2018 a UMAR – União da mulher Alternativa e Reposta registou 28 femicídios.

O Relatório Anual de Segurança Interna refere que em 2018 houve 26.432 detenções mas que, apesar deste valor elevado, o número de acusações é baixo. Dos inquéritos concluídos em 2018, apenas 14,4% resultaram em acusação, e 65,5% foram arquivados.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Vejam lá que não se sabe como foi o homicídio, mas sabe-se que foi violência doméstica e sabe-se que foi cometido pelo companheiro.

    Vejam lá que até um nome específico para homicídio de mulheres: femicídio! Se for homicídio serve para os dois mas o assassinato de mulheres merece um nome próprio, enquanto que o de homens, não. É um vulgaroide homicídio.

    Vejam lá que das estatísticas de vítimas de violência doméstica, exclui intensionalmente homens e crianças, para parecer que só mulheres é que são vítimas e só homens é que são criminosos.

    Vejam lá que ainda hoje saiu a notícia de que uma mulher condenada a 17 anos pelo assassinato do seu companheiro, foi solta ao fim de 2 anos por “engano” do tribunal… E pronto, fica assim. Está tudo bem:

    https://zap.aeiou.pt/professora-condenada-homicidio-sai-liberdade-volta-dar-aulas-gracas-erro-judicial-270635

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