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Para muitos, ir ao Rock in Rio é para “viver a experiência”

Jose Sena Goulão / Lusa

Há quem gaste 200 euros, quem não dispense um brinde e quem espere à sombra até ao concerto desejado. Para muitos dos espetadores, a ideia é viver “a experiência” do Rock in Rio Lisboa, que começa hoje.

Algumas horas antes de começarem os concertos, milhares de pessoas passeavam na colina do Parque da Bela Vista, divagando pelos espaços promocionais e palcos, dividindo-se entre as que procuravam uma sombra e as que esperavam nas enormes filas para obter um qualquer brinde.

Com um sofá insuflável vermelho debaixo do braço, Fernanda, de Lisboa, disse à agência Lusa que está no festival pela primeira vez, “para ver o mundo do Rock in Rio e depois assistir a alguns concertos”.

O ambiente é que está a despertar interesse, a organização, a limpeza. Faz-me lembrar a Expo”, afirmou, acompanhada de uma amiga.

Catorze anos depois da primeira edição em Lisboa, o festival Rock in Rio assume-se plenamente como um parque temático de música e divertimento.

Quando se passa o pórtico de segurança encontra-se um miniparque com réplicas de dinossauros, gente a dançar coreografias improvisadas, uma roda gigante muito concorrida, um slide e cinco palcos de atuações, muitas famílias à procura de diversão.

Para Fátima e Edgar, de Guimarães, será uma experiência “completamente diferente” do que estão habituados a ver em festivais. Entre compra de bilhetes, viagens e gastos no recinto, a experiência vai custar-lhes cerca de 200 euros. Mas, compensará por causa dos Muse, cabeças-de-cartaz deste primeiro dia, garantiram.

Para António Sampaio, do Porto, esta também é uma estreia no festival, onde disse ter encontrado “um ambiente fantástico, bom tempo, muita gente, muita diversão e música”. Feitas as contas, vai gastar também cerca de 200 euros.

Jaime, do Montijo, considera que este ano o cartaz é “mais fraco” do que praticamente todas as edições onde esteve. “A organização é igual à dos outros anos, é boa”. Para Jaime, os festivais de música já não são o que eram. “O rock n’roll já não é o que era. Agora é para trazer as crianças e tudo em família”, relatou.

Se não tivesse recebido bilhetes de oferta, Carla, e a filha Beatriz, de Odivelas, provavelmente não iriam ao festival. “Eu não sou muito dada a festivais nem a concertos, porque a confusão e muita gente stressam-me, mas, como tive esta oferta, vim com a pequenina. O tempo ficou favorável, do que vimos estamos a gostar”, contou.

A oitava edição do festival Rock in Rio Lisboa começou este sábado e prossegue no domingo e nos dias 29 e 30. O recinto abre às 12:00 e as atuações e atividades prolongam-se até às 02:00.

Quanto à música, o cartaz apresenta nomes como Muse, Bruno Mars, The Killers, Katy Perry, Demi Lovato, Jessie J, Ivete Sangalo e Xutos & Pontapés.

// Lusa

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