O Ministério Público acusou 89 arguidos do denominado processo “Hells Angels” por associação criminosa, tentativa de homicídio qualificado, ofensa à integridade física, extorsão, roubo, tráfico de droga e detenção de armas e munições entre outros crimes.
Numa nota emitida hoje pela Procuradoria-Geral da República é referido que foi deduzida acusação contra 89 arguidos pertencentes à organização “Hells Angels Motorcycle Club”.
Em causa estão crimes de associação criminosa, homicídio qualificado, na forma tentada, ofensa à integridade física qualificada, extorsão qualificada, dano qualificado com violência, roubo, tráfico de estupefacientes, detenção de armas e munições proibidas, bem como consumo de drogas.
Dos 89 arguidos acusados, 37 encontram-se em prisão preventiva, cinco estão obrigados a permanecer na habitação com vigilância eletrónica e dois encontram-se detidos na Alemanha, a aguardar extradição para Portugal. Os restantes estão obrigados a apresentações periódicas na polícia.
A investigação do caso dos Hells Angels foi elaborada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal e pela Unidade Nacional Contraterrorismo da Polícia Judiciária e os mandados de busca e de detenção foram executados na quarta-feira passada.
Esta grande investigação teve o seu ponto alto, em março de 2018, quando uma centena de elementos do grupo invadiram um restaurante no Prior Velho, em Loures, para atacar o grupo Red&Gold, criado pelo radical de extrema-direita e candidato à liderança da claque Juve Leo Mário Machado.
No interior desse estabelecimento, os arguidos tentaram matar quatro ofendidos e feriram gravemente seis outros”, lê-se no comunicado da PGR. No restaurante, os arguidos ainda provocaram estragos no valor de pelo menos 14.450 euros.
ZAP // Lusa