“Movimento taberneiro” de Lisboa é destaque na imprensa internacional

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Taberna da Rua das Flores

Taberna da Rua das Flores, em Lisboa.

O chamado “movimento taberneiro” de Lisboa, liderado por jovens chefs, é destacado na imprensa internacional.

Lisboa está cada vez mais a ser alvo de um tsunami de turistas e investidores. Os tradicionais restaurantes locais começam a dar lugar a novos gastrobares, sushi bares e à gastronomia internacional em geral. Estes novos negócios saem do bolso de investidores com bolsos fundos e são essencialmente direcionados para turistas.

A Bloomberg escreve que um grupo de jovens chefs portugueses está a remar contra a maré, dando a origem àquilo que é chamado de “movimento taberneiro”. O seu principal objetivo é salvaguardar as clássicas tabernas portuguesas.

Os vistos gold trouxeram um investimento sem paralelo para a capital portuguesa. O problema é que isto “transformou bairros movimentados em enclaves sem personalidade cheios de arrendamentos sazonais” e fez disparar o preço das rendas, escreve a Bloomberg.

A nova geração de tabernas representa uma frente gastronómica portuguesa contra as cadeias internacionais. Desde a Taberna da Rua das Flores à Taberna Moderna, são cada vez mais os exemplos de resistência cultural.

O “movimento taberneiro” está a conquistar adeptos. Os restaurantes têm estado sempre lotados estão e começam a ganhar a atenção dos media gastronómicos.

Pratos como mexilhões, migas, enguia e caldeirada de bacalhau são habituais na Taberna da Rua das Flores. São maioritariamente petiscos, com um twist moderno. O prato mais caro custa 15 euros.

Ainda assim, o chef André Magalhães reconhece que os preços estão fora do alcance de muitos locais e são provavelmente o dobro dos preços de uma taberna convencional.

A Bloomberg destaca ainda as tabernas Faz Frio, Sal Grosso e Pica Pau. Dos pastéis de bacalhau aos rissóis de leitão, passando ainda pelo camarão salteado e pelo próprio pica-pau, o jornalista da Bloomberg mostrou-se rendido.

ZAP //

1 Comment

  1. Acabem com o alojamento local e com os nómadas digitais que vão ver onde vão parar todos estes espaços. Fecha tudo. Ou estão à espera que sejam os portugueses com o seu poder de compra a mantê-los?!Viram todos lojas dos chineses e lojas do euro.

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