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José Mourinho está “cheio de fogo” para voltar aos relvados (mas quer um desafio com a sua dimensão)

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Hannah Mckay / EPA

O treinador português José Mourinho admitiu que tem saudades dos relvados. Apesar de garantir que o “Zé está cheio de fogo” para voltar, afirma que tem de ser paciente e esperar pela proposta certa.

“Esta é a primeira vez que tenho tempo para pensar, a primeira vez que estou em Setúbal em finais de julho, inícios de agosto em mais de 20 anos. Tenho coisas em que pensar, repensar, analisar, e o que sinto é que o Zé está cheio de fogo”, disse o técnico português que deixou o comando técnico do Manchester United em dezembro de 2018, à Sky Sports.

Na mesma entrevista, o português admitiu sentir saudades de treinar. “Sinto falta do futebol, tenho esse fogo, um compromisso comigo mesmo, com as pessoas que me querem, com tantos adeptos por todo o mundo, e com todas essas pessoas que inspirei”, começou por dizer Mourinho, que falava na cidade de Setúbal.

O Zé tem que ser Zé até último dia, mas não vejo o último dia, porque o meu próximo movimento será um novo começo. Não sinto que seja um ano mais para somar aos outros anos, em que trabalhei e ganhei títulos. Isso é história de museu. Chega a ser ridículo que não consiga aproveitar da melhor forma este momento”, continuou.

Mourinho, de 56 anos, revelou ter já recusado algumas propostas, da China e do Newcastle, por exemplo, mas disse tem de ser paciente e esperar pela “propostas certa”, de um dos cinco principais campeonatos europeus.

“O mais difícil é dizer não às possibilidades que apareceram. Preciso de ser paciente e esperar pela proposta certa, com a dimensão daquilo que sou como treinador. Isso é o mais difícil, já tive o impulso de aceitar tantas vezes, mas tenho de esperar. Com todo o respeito pelos clubes que me contactaram, ainda não chegou nada da dimensão do desafio que quero, e acho que ganhei o direito de escolher onde quero treinar”, explica.

O treinador, que já passou pelo campeonato inglês, espanhol e italiano, diz que não hesitaria em regressar a um destes campeonatos.

“Tem de ser uma das melhores ligas. Regressaria a Inglaterra ou Espanha, claro. Noutro campeonato, num projeto para ser campeão e lutar para subir de patamar, talvez, mas o foco está nas principais ligas”, afiança.

Futuro numa seleção ainda não está em cima da mesa

Na mesma entrevista, José Mourinho diz que, para já, não está preparado para assumir o comando técnico de uma seleção, uma vez que o cargo o deixaria mais longe dos relvados.

“Pode ser esse o meu último trabalho, mas faz-me confusão, por agora, só ter um jogo por mês, muito trabalho escritório e pouco relvado, ter de esperar dois anos por uma competição. Um dia, talvez. Se não for Portugal, outro país. Quando vou a um Europeu ou Mundial, quando estou lá no evento, sinto que quero ter essa experiência um dia”.

“Um jogo ao mês? Demasiado trabalho de escritório. Sem relvado, nem jogos. Esperar dois anos para o Europeu, esperar outros dois para um Mundial… não. Ainda não”, insistiu.

Mourinho foi ainda questionado sobre o facto de estar a aprender alemão, tendo negado que o seu interesse em aprender outro idioma esteja relacionado com uma eventual proposta ou desafio na liga alemã, a Bundesliga.

“É difícil aprender alemão. Para um português, é mais fácil aprender italiano, espanhol e francês. Não estou a aprender porque penso ir para a Bundesliga, nenhum clube tentou sequer, nem está ninguém à espera. Gosto de estudar e aprender, ter objetivos. Gostaria de saber o básico, pelo menos”, explicou.

ZAP //

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