Morte dos certificados de aforro? Recuo foi superior a 40% em julho

ZAP // André Kosters / Lusa; IGCP

Tendência de aplicação de poupanças em certificados de aforro parece estar a desvanecer-se. Esgotamento das reservas financeiras e melhorias das taxas de juro bancárias estão a alterar o panorama da poupança.

Os certificados de aforro continuam a ser uma opção para a poupança das famílias, mas segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, essa tendência pode estar a desvanecer-se. Em julho de 2023, o crescimento do “stock” de certificados de aforro foi o mais baixo desde o mesmo mês em 2022.

A desaceleração da aquisição pode, avança o Jornal Negócios, ser justificada pelo esgotamento das reservas financeiras das famílias, uma vez que a despesa de consumo final, influenciada pelos preços crescentes, reduziu a taxa de poupança para mínimos de cinco anos.

A melhoria das taxas de juro nos depósitos bancários também contribuiu para esta mudança de cenário. A taxa de juro dos novos depósitos a particulares aumentou significativamente, de 1,26% em maio para 1,58% em junho — o maior aumento desde outubro de 2011 e o mais elevado desde julho de 2014.

Acelerada pela fuga de poupanças para os certificados de aforro e pela amortização de crédito à habitação, esta melhoria nas taxas de juro nos depósitos tem sido observada desde setembro do ano anterior.

Além disso, a série F dos certificados de aforro, que está atualmente em comercialização, tem uma taxa de juro indexada à Euribor a três meses e um teto máximo de 2,5%, aproximando a atratividade entre os dois produtos de baixo risco e fazendo dos depósitos bancários uma opção cada vez mais viável para as famílias portuguesas.

Vem aí uma mudança nas preferências de poupança das famílias portuguesas?

ZAP //

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