Emanuel Rodrigues, que foi responsável pela Assembleia Legislativa Regional da Madeira entre 1976 e 1984, morreu vítima de doença prolongada.
O primeiro presidente da Assembleia da Madeira, Emanuel Rodrigues, morreu nesta segunda-feira, com 76 anos, vítima de doença prolongada, informou fonte familiar ao Governo Regional.
O executivo madeirense chefiado por Miguel Albuquerque emitiu una nota de pesar, na qual manifestou o “seu mais profundo pesar” pela morte do primeiro responsável do parlamento madeirense, entre 1976 e 1984.
No documento, o Governo da Madeira realça que Emanuel Rodrigues foi “um dos mais conhecidos advogados da praça madeirense”.
Também manifesta os “sinceros pêsames à família enlutada e associa-se à sua dor”.
“Emanuel Rodrigues foi o primeiro presidente da Assembleia Legislativa da Madeira (então Assembleia Regional), durante oito anos, desde 1976, altura em que foi instituída a autonomia e implantado o primeiro parlamento madeirense”, escreve.
O governo insular recorda que o advogado foi ainda deputado à Assembleia Constituinte (1975-1976), a qual elaborou e aprovou a primeira Constituição da República depois do 25 de Abril.
Também recorda que Emanuel Rodrigues foi “eleito deputado, pelo PSD para o primeiro parlamento regional, nas eleições de 1976”.
Em 1984, cessou a sua atividade política ativa e voltou a exercer a advocacia “de forma ativa e exclusiva”, recorda o executivo insular no mesmo documento.
O Governo Regional menciona que Emanuel Rodrigues nasceu no dia de Natal, em 25 de Dezembro de 1943 e morreu vítima de doença prolongada.
“É este lustre madeirense que o Governo Regional e o seu presidente (a quem ligavam ao falecido ligações profissionais e de amizade já de vários anos) pretendem homenagear, sublinhando a sua gratidão para com os relevantes serviços prestados em nome da nossa região e da autonomia”, pode ler-se na nota.
Emanuel Rodrigues foi mandatário de Miguel Albuquerque nas eleições internas do PSD da Madeira que se realizaram em 2012, nas quais o atual líder defrontou Alberto João Jardim.
PSD, PS e CDS manifestam pesar
O PSD, o PS e o CDS da Madeira manifestaram esta segunda-feira o seu “mais profundo pesar” pela morte de Emanuel Rodrigues.
O PSD madeirense fala da morte do “seu companheiro”, considerando que foi um “ilustre militante social-democrata e figura incontornável da história da região“.
Na nota distribuída, o PSD/Madeira salienta que a figura de Emanuel Rodrigues está “associada não só à conquista da autonomia e aos seus valores, como também ao exercício da democracia regional”.
“É com sentido reconhecimento e gratidão pelo trabalho realizado, designadamente em prol do Partido Social Democrata, da autonomia e da região que o PSD/Madeira endereça, nesta hora de dor, à família enlutada, as suas condolências”, escrevem os sociais-democratas regionais
O CDS-PP/Madeira, numa nota assinada pelo seu presidente, Rui Barreto, afirma que a região “perdeu um homem bom” e “um grande democrata”.
Os centristas madeirenses registam “a elevação e a dignidade que o dr. Emanuel Rodrigues concedeu à Assembleia Legislativa da Madeira, como primeiro presidente do primeiro órgão da autonomia”.
Na nota, o CDS sublinha que Emanuel Rodrigues “entendia o parlamento [regional] como a verdadeira ‘casa da democracia’ e também da autonomia e por isso pugnou, sempre, para que jamais fosse subalternizado”.
“[Emanuel Rodrigues] presidiu aos primeiros verdes anos da autonomia e da democracia, mas como homem de Direito revelou-se um democrata maduro e experiente”, adiantam os centristas, acrescentando que era “um homem educado e respeitado”.
O CDS-PP expressa igualmente “o mais profundo pesar pela sua morte e endereça a família sentidas condolências“.
Também o PS/Madeira manifesta pesar e recorda o percurso de Emanuel Rodrigues como deputado da Assembleia Constituinte e do parlamento da Madeira, tendo exercido o cargo de presidente durante oito anos, dedicando-se a partir de 1984 à advocacia.
“Neste momento, cumpre-nos destacar o seu papel enquanto presidente do primeiro órgão de Governo próprio da Madeira, função durante a qual sempre prestigiou a região”, declaram os socialistas insulares.
// Lusa