Morreu o Anjo de Bakhmut. Há um obus com o seu nome num drone ucraniano

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A paramédica ucraniana Yana Rykhlitska, voluntária na 93ª Brigada Mecanizada de Kholodnyi Yar, foi esta terça-feira morta por disparos que atingiram a ambulância na qual se encontrava durante uma operação de evacuação de feridos.

Morreu esta terça-feira a paramédica ucraniana Yana “Yara” Rykhlitska, conhecida como “Anjo de Bakhmut” por ter salvado dezenas de pessoas, muitas vezes arriscando a própria vida.

A voluntária, de 29 anos, foi morta perto da cidade de Bakhmut, durante uma operação de evacuação de feridos, quando a ambulância onde se encontrava foi atingida por disparos das forças russas.

A notícia, diz o Ukrainska Pravda, foi avançada por familiares e amigos da paramédica, que recordam “tudo o que ela fez pela vitória e como arriscou a vida pelos outros”.

Tanya Zenart, uma amiga de Yana, conta que poucas horas antes do ataque à ambulância lhe perguntou como estava.”Estou a divertir-me, ainda inteira“, respondeu Yana.

Yana Rykhlitska trabalhava numa seguradora quando a guerra na Ucrânia começou. Decidiu então alistar-se como voluntária no exército ucraniano, tendo sido colocada como paramédica da 93ª Brigada Mecanizada de Kholodnyi Yar, prestando serviço no centro de estabilização médica de Bakhmut.

Nos últimos meses ajudou a salvar dezenas de soldados e civis feridos, tendo sido  descrita pelo governo ucraniano como “uma verdadeira heroína, sempre disposta a arriscar a própria vida para ajudar os outros”.

“Este é um dia sombrio para todos os médicos, instrutores táticos e soldados que Yana ajudou. Vamos vingar-nos. Calmamente, com raiva por dentro, estamos a fazer o nosso trabalho”, escreveu no Facebook o paramédico Valerii Bahynskyi, também voluntário e colega de Yana.

No seu post, Bahynskyi publica diversas imagens de Yana e duas fotografias de um obus montado num drone com uma mensagem que parece ter como destino as tropas russas:  “Por Yana, do Kholodnyi Yar“.

Vadym Pavlov, editor da agência local de notícias de Vinnytsia, também voluntário, expressou condolências pela morte de Yana. “Encontrei-a algumas vezes. Na frente de batalha, chamavam-lhe o Anjo das Tropas. Que descanse em paz“.

ZAP //

14 Comments

  1. É tudo o que os moscovitas sabem fazer: disparar contra ambulâncias, assassinar civis, bombardear e destruir cidades inteiras, lançar mísseis sobre prédios de apartamentos, raptar crianças, violar mulheres, executar civis e prisioneiros de guerra, torturar pessoas… Chega a cansar enumerar a quantidade de tipos de crimes porque eles cometem-nos todos! Não conseguirão, no entanto, os seus sinistros objetivos. À espera da Federação Russa está o mesmo fim que teve a URSS.

  2. Se o presidente da Ucrânia já tivesse há muito evacuado Bakhmut, como a situação militar impunha, não só esta enfermeira como milhares de soldados ucranianos teriam tido a sua vida salva. Mas enquanto interessar aos americanos que a guerra continue, vai haver ainda mais mortos.

    • Então tu não sabes que há pessoas que estão lá e que se recusam a sair?! Preferem morrer a sair! Nunca sairão! Isto não é uma vontade da Ucrânia. Pelo governo Ucraniano já teriam saído há muito. Infelizmente estas pessoas estão por direito no seu território e, mesmo desarmadas, ficam e não fogem dos criminosos, dos que dizem que os vão salvar mas que afinal apenas os torturam e matam. E há quem os tenha no sítio e se recuse a sair. Os Russos deviam pôr os olhos nesta gente.

    • Cego é aquele que não quer ver.
      Então a russia invade a Ucrânia, um pais soberano, livre e democrático, e o Sr, diz que a guerra é do interesse dos Americanos?!
      É do interesse dos Ucranianos que o MUNDO os ajude a livrarem-se deste tirano assassino.

    • Que paranoia com os americanos, para alem deles também interessa a Europa que a guerra continue visto que o fim dela significa que a Rússia atingiu os seus objetivos e por conseguinte se sentirá impune e com razão na ideologia de voltar a conquistar todos os países da antiga URSS

    • Se Putin não enganasse o seu próprio povo com aquilo a que chamou ” operação militar especial” e retirasse as suas tropas não teria existido Backhmut, Bucha etc., etc., o Nuno Cardoso Silva estaria a passear no país das mais amplas liberdades, ou até iria viver para lá. Vá lá, verifique.

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