Morreu Nuno Guerreiro, da Ala dos Namorados, aos 52 anos

Cantor foi vítima de doença súbita, depois de ter sido internado de urgência na quarta-feira.

O vocalista da banda Ala dos Namorados, Nuno Guerreiro, faleceu, aos 52 anos, confirmou a Câmara Municipal de Loulé.

O cantor terá sido internado de urgência na quarta-feira, avança a Renascença. Foi “vítima de doença súbita“, avançou a Câmara de Loulé em comunicado. “Estamos destroçados”, disse no Facebook o autarca Vítor Aleixo.

“Um artista fantástico, com uma voz inconfundível e única, um louletano de alma e coração que, mesmo na ribalta, nunca esquecia a sua terra. A morte de Nuno Guerreiro deixa a nossa comunidade bem mais pobre. Loulé está de luto, o mundo artístico nacional está de luto! Descansa em Paz, Nuno”, refere ainda o presidente da Autarquia.

Natural de Loulé, o cantor deu os seus últimos concertos no final de março, no Cineteatro Louletano, acompanhado pela Banda da Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva, que também já se pronunciou.

“Não queremos acreditar. Depois de momentos tão bons que passaste com a nossa filarmónica. Nunca te esqueceremos”, escreve a banda.

O cantor também tocou recentemente com a banda “Mau Feitio”, com Ricardo J. Martins, João Palma, Vítor Bacalhau e Vasco Moura.

Com formação em canto lírico no Conservatório Nacional Português e também com experiência como bailarino, Nuno Guerreiro destacou-se nos anos 90 ao lado de João Gil e Manuel Paulo, na Ala dos Namorados.

Em 1998, a banda alcançou grande sucesso com o tema “Solta-se o Beijo”, que se tornaria um marco da música portuguesa.

Durante mais de duas décadas, o grupo lançou oito álbuns de estúdio e dois ao vivo. Nuno Guerreiro também desenvolveu ao mesmo tempo uma carreira a solo, com três discos lançados em 1999, 2002, 2011 e o último em 2022.

Em 2023, o famoso grupo celebrou 30 anos de carreira com o álbum Brilhará, que contou com letras de autores como Fernando Pessoa, Mia Couto e José Eduardo Agualusa.

O timbre agudo de contratenor que singularizava a voz do “Guerreiro”, como dizia ser, fica para a história.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.