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Morreu o escultor João Cutileiro

O escultor português João Cutileiro morreu aos 83 anos na madrugada desta terça-feira no Hospital Pulido Valente, em Lisboa, devido a complicações provocadas por um enfisema pulmonar.

A notícia foi avançada por vários meios de comunicação, entre os quais a TSF e o jornal Público, que confirmaram a notícia do óbito do escultor João Cutileiro junto de familiares do artista.

João Cutileiro estava internado no Hospital Pulido Valente, em Lisboa, e morreu na madrugada desta terça-feira devido a complicações causadas por um enfisema pulmonar.

Nascido em Pavia, concelho de Mora, em 1937, João Cutileiro estudou no estúdio do ceramista Jorge Barradas e, após uma viagem a Florença na década de 1950, inscreveu-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, onde ficou apenas dois anos.

Por influência de Paula Rego, Cutileiro foi para Londres, para a Slade School of Arts. Em 1961, com Paula Rego e Joaquim Rodrigo, participou na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, o que assinalou a divulgação da sua obra em alguns círculos artísticos da capital.

O escultor, segundo a Renascença, escolheu Évora para viver e trabalhar. Em 2016, cedeu todo o seu espólio à cidade “para poupar os meus filhos de ficarem com isto, palavra de honra”. Assim, nasceu, a casa do artista que trabalhou o mármore, donde fez nascer figuras e paisagens.

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, atribuiu ao escultor a medalha de Mérito Cultural.

Cutileiro é autor do Monumento ao 25 de Abril instalado no Parque Eduardo VII, em Lisboa, entre muitas outras obras, onde se destacam as esculturas em mármore de corrente figurativa. O “intimismo”, o “erotismo” e o “amor” são os temas da sua obra.

O seu trabalho mais polémico, D. Sebastião, em Lagos, desafiou o Estado Novo em 1970.

João Cutileiro era irmão do diplomata, antropólogo e escritor José Cutileiro, que morreu em maio do ano passado.

Maria Campos, ZAP //

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