Morreu o banqueiro Joseph Safra, o homem mais rico do Brasil

O banqueiro Joseph Safra, considerado o homem mais rico do Brasil, morreu hoje os 82 ans, de “causas naturais”, divulgou o Banco Safra, citado pela imprensa local.

“É com imenso pesar que comunicamos a morte do senhor José Safra, de 82 anos, de causas naturais”, diz a nota do Banco Safra, sem adiantar mais pormenores, referindo apenas que a morte ocorreu em São Paulo, a cidade onde residia.

O banqueiro era o homem mais rico do Brasil, segundo o último ranking da revista Forbes, com uma fortuna estimada em 119,08 mil milhões de reais (cerca de 18,9 mil milhões de euros).

Joseph Safra nasceu em 1938 no Líbano e estabeleceu-se no Brasil na década de 1950 para dar continuidade aos negócios que o seu pai tinha iniciado na maior economia sul-americana e para construir as bases do que viria a ser o Grupo Safra.

O pai, Jacob Safra, era um banqueiro libanês que em meados do século XIX fundou uma instituição financeira na Síria para oferecer crédito e operar câmbio e ouro, e que em 1920 criou o banco Jacob Safra em Beirute.

Em 1955, Joseph fundou, com os seus irmãos Moise (falecido há seis anos) e Edmond, o Banco Safra, hoje um importante grupo financeiro e de investimentos com atuação em diversos países.

O Banco Safra é hoje um dos dez maiores do Brasil e faz parte de um conglomerado com empresas na América, Europa e Ásia que inclui o banco suíço Sarasin.

Entre os ativos do Grupo Safra, destaca-se o edifício Gherkin, um dos mais famosos do Reino Unido e que foi adquirido em 2014 por 726 milhões de libras (cerca de 800 milhões de euros).

Segundo o Banco Safra, o banqueiro dedicou a sua vida à família, aos amigos, aos negócios e às causas sociais, e levou uma vida simples e reservada, sem ostentação e alheio à exposição pública.

“Ele foi um grande banqueiro, um verdadeiro empresário que construiu o Grupo Safra no mundo e conquistou sucesso por sua seriedade e visão empresarial. Foi um grande líder e muito respeitado dentro e fora da organização”, afirmou o comunicado.

Como filantropo e amante das artes, ajudou na construção e reforma de hospitais, museus e templos de várias religiões.

O banqueiro, que se casou com Vicky Sarfaty em 1969, deixou quatro filhos e 14 netos.

// Lusa

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