O designer António Garcia, cujo papel foi fundamental na afirmação da disciplina em Portugal, morreu esta quarta-feira, em Lisboa, aos 90 anos.
O Museu do Design e da Moda (MUDE) anunciou que o corpo do criador se encontra em câmara ardente na igreja da Encarnação, no Chiado, em Lisboa, onde se realiza, esta sexta-feira, uma missa, às 8h45, e o funeral irá para o Cemitério do Alto de São João, onde o corpo será cremado, às 10:h.
Contactada pela Lusa, Bárbara Coutinho, diretora do MUDE, lamentou a morte de António Garcia, “um dos pioneiros do design em Portugal e um dos criadores que teve um papel fundamental na afirmação desta disciplina no país”.
António Garcia estudou na Escola António Arroio, em Lisboa, e trabalhou com António Sena da Silva na área do design gráfico. na década de 1950, criando um ateliê já no final dos anos 1970, com Daciano da Costa.
São da sua autoria a imagem dos maços de tabaco SG Filtro, Gigante e Ventil, que se tornaram muito populares.
Foi alvo de uma das primeiras exposições do MUDE, em 2010, que realizou uma antológica da sua obra, na sequência da qual doou todo o seu acervo ao museu, tutelado pela Câmara Municipal de Lisboa.
“Tive o privilégio de o conhecer, já tarde, mas foi maravilhoso descobrir a sua generosidade, o espírito de partilha para com o público e as novas gerações de criadores nesta área. Mesmo com tantos anos de experiência, era uma pessoa que continuava a maravilhar-se com tudo, sobretudo as pequenas coisas”, descreveu Bárbara Coutinho.
/Lusa