Morrem mais militares nos quartéis do que em missões no exterior

José Sena Goulão / Lusa

As Forças Armadas portuguesas registaram nos em sete anos mais mortes em Portugal do que nas missões no exterior nos últimos 20 anos.

De acordo com o Público, desde 2016 morreram 11 militares dentro do país nos últimos sete anos; no estrangeiro, desde 2003, morreram cinco. Após o levantamento, o jornal requereu uma confirmação oficial por parte do Ministério da Defesa Nacional e do Estado-Maior das Forças Armadas, mas não obteve resposta.

Só este ano, já morreram dois militares no quartel de Santa Margarida, em Santarém. foi o caso de José Freitas, que morreu devido a um acidente durante o manuseamento de uma arma; e de Carlos Mota, que faleceu durante uma operação de desativação de explosivos. Neste episódio, houve mais cinco feridos.

Os casos mais polémicos terão sido os dos recrutas Hugo Abreu e Dylan Silva, ambos de 20 anos, que morreram em 2016 vítimas de um “golpe de calor” durante a primeira prova do Curso de Comandos, no quartel de Alcochete. Três dos 19 militares envolvidos na ocorrência foram condenados a penas entre dois e três anos.

Nas missões no exterior, houve então cinco mortes desde 2003: Ricardo Valério em 2004, na Bósnia; João Paulo Romeira em 2005, no Afeganistão; Sérgio Pedrosa em 2007, também no Afeganistão; José Luís Bernardino em 2010, no Kosovo; e Gil Benido em 2017, no Mali.

ZAP //

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