Pela primeira vez desde Outubro, o Porto venceu um jogo fora de casa a contar para a Primeira Liga.
A visita ao Moreirense, que ainda não tinha perdido no seu reduto, apresentava-se como perigosa, mas os “dragões” foram sempre superiores, em especial na segunda parte, resolvendo o problema graças à magia de um miúdo de 17 anos que se estreou a titular e arrasou.
Três pontos que valeram subida provisória à liderança da Liga.
O Porto conseguiu chegar ao intervalo em vantagem num jogo longe de brilhante, com poucas ocasiões, acções com bola nas áreas (3-5) ou mesmo remates.
Valeu o tento de Samu pouco depois do primeiro quarto-de-hora, a desviar de cabeça um cruzamento da surpresa da noite no “onze” portista, o jovem Rodrigo Mora. Samu poderia mesmo ter ampliado aos 38 minutos, mas falhou uma ocasião flagrante criada por Fábio Vieira.
A superioridade “azul-e-branca” no segundo tempo foi total, com muitos mais ataques, remates e lances de perigo, ao mesmo tempo que os visitantes iam anulando os anfitriões.
Não espantaram, por isso, os dois golos que surgiram até final, por Rodrigo Mora e André Franco, dando cor a um desempenho impositivo dos “dragões”, que regressaram aos triunfos fora pela primeira vez desde Outubro.
O Moreirense sofreu a primeira derrota em casa.
O Jogo em 5 Factos
1. Excelente aproveitamento
O Porto nem terminou com muitos remates ou ocasiões, mas aproveitou-as como nem sempre o consegue. Os “dragões” marcaram três golos, mas terminaram com um “superavit” de 2,04 na relação entre os tentos marcados e os xG criados, que não passaram de 0,96.
2. Pouco dados ao drible
Os portistas foram muito pragmáticos neste jogo e não aplicaram muito a sua capacidade de drible nos lances que construíram. Os homens da Invicta, aliás, bateram mínimos de dribles tentados (8) e completos (2) em jogos do campeonato. Em média o Porto tenta 18 destes lances por desafio.
3. Cónegos melhor nos duelos
Nas últimas partidas, o Porto tem batido recordes de duelos individuais ganhos, mas desta feita foi o Moreirense a sair por cima, apesar de não ter colhido os frutos disso. Os minhotos ganharam 52 duelos, contra 41 dos portistas.
4. Algum equilíbrio nas acções na área
A superioridade portista rendeu apenas 19 acções com bola na grande área minhota. Os cónegos, apesar de quase inofensivos, não ficaram assim tão atrás nestes momentos, com 12 acumulados.
5. Porto seguro lá atrás
Mesmo os clubes grandes costumam ter números mais elevados no que toca a perdas no terço defensivo, algo que costuma causar problemas ao último reduto das equipas. Nesta partida o Porto somou somente quatro, contra 15 dos minhotos.
Melhor em Campo
O jovem Rodrigo Mora foi titular pela primeira vez na formação portista e deixou uma mensagem forte para a concorrência interna e para os adversários. Mora começou por assistir Samu para o 1-0, fez ele próprio o segundo e foi o melhor em campo, com uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização e três acções com bola na área contrária.
Resumo
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