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Montepio prevê perder 1,5 mil milhões de créditos que o BEM prevê ganhar

O plano de negócios do BEM (Banco Empresas Montepio) prevê atrair da casa-mãe, o Banco Montepio (BM), até 2023, créditos no valor de 1,5 mil milhões de euros relacionados com os grandes clientes empresariais. Um dado avançado pelo Público, que sublinha que o Montepio admite perder esse mesmo valor no segmento de negócios.

Citando documentos do Montepio e do BEM, o Público constata que o primeiro admite para daqui a quatro anos uma queda da ordem dos 1,5 mil milhões de euros na carteira de crédito associada ao segmento de negócio, enquanto o recém-lançado BEM prevê conseguir créditos da mesma ordem de valor até 2023.

“Assumiu-se que 100% da nova produção de crédito de empresas de igual ou mais de 20 milhões de euros” passará a “entrar no BEM”, sustenta o Plano de Negócios da nova unidade empresarial do Montepio, conforme cita o Público com base no Plano de Negócios que foi discutido pela Comissão Executiva.

As projecções do BEM para novos créditos apontam para 470 milhões de euros em 2019 e para 577,8 milhões em 2023.

O ‘chairman‘ do Montepio, Carlos Tavares, tinha garantido em Maio, numa carta enviada aos colaboradores, que não haveria “transferência de carteira de clientes” para o BEM e que os resultados do banco empresarial teriam reflexos “directamente nos do Banco Montepio”. “O que for bom para o BEM será bom para o Banco Montepio“, garantia ainda Carlos Tavares.

ZAP //

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