“Trepar as montanhas, sprintar quando é preciso, e rolar quando é preciso rolar. Não se ganha no primeiro dia” e ainda o contrarrelógio.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, assistiu neste sábado à 9.ª etapa da 85.ª Volta a Portugal, que terminou na Senhora da Graça, para “prestar homenagem” aos ciclistas, escusando-se a responder a quaisquer outras perguntas dos jornalistas.
Em Amarante, quando entrou no carro do diretor da prova, Joaquim Gomes, para acompanhar por dentro a nona e penúltima etapa, explicou aos jornalistas que foi “convidado” a assistir à corrida, também por gostar “muito de ciclismo”.
“É uma oportunidade de prestar homenagem a estes atletas que fazem um esforço absolutamente extraordinário para cumprirem cada etapa, e esta em particular, que é bem dura”, afirmou.
O governante desejou “que as coisas corram bem e haja espírito de desportivismo, ‘fair play’, e que ganhe o melhor”, escusando-se a falar da Supertaça de futebol, que foi disputada entre Sporting e FC Porto, “por respeito aos ciclistas”.
Reiterando só falar de ciclismo, Montenegro escusou-se a responder a questões sobre o fecho de serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia, bem como às críticas do Partido Socialista e do Chega ao Governo.
“Teremos outras oportunidades de falar desses assuntos. O meu foco hoje é esta etapa, uma grande festa com uma paixão enorme por parte de muita gente que estará na beira das estradas”, respondeu.
Perante a insistência dos jornalistas, reiterou a sua atenção e foco num “espetáculo de desporto, mas também de alguma cultura, tradição e espírito de identidade nacional que a Volta a Portugal encerra”.
Semelhanças
Já no final da etapa, o primeiro-ministro comparou o ato de governar um país com uma corrida de ciclismo.
“Estamos preparados para trepar as montanhas, sprintar quando é preciso, e rolar quando é preciso rolar. Na atividade política, há algumas semelhanças com o ciclismo”, declarou aos jornalistas, após a chegada à Senhora da Graça.
Para Montenegro, que expressou “grande respeito e admiração” pelos ciclistas, também na política “as provas não se ganham no primeiro dia“, por vezes é preciso trabalhar em contrarrelógio, e ter “muita determinação e perseverança”.
Ainda sem querer falar de assuntos da atualidade, mostrou-se satisfeito com a etapa que assistiu, em que “aconteceu uma das coisas mais entusiasmantes do desporto, a imprevisibilidade”, bem como uma festa de “tradição” portuguesa.
“Foi uma belíssima tarde de ciclismo e de desportivismo, com muitos milhares de portugueses nas estradas a aplaudir os corredores. Muitos jovens, crianças, mulheres, famílias. Muita portugalidade e cultura e tradição portuguesa presente hoje”, acrescentou.
Montenegro entrou no carro do diretor da corrida, Joaquim Gomes, em Amarante, assistindo depois ‘por dentro’ ao desenrolar da etapa ganha pelo porto-riquenho Abner González (Efapel), em que o russo Artem Nych (Sabgal-Anicolor) arrebatou a liderança da geral.
Questionado sobre as creches, Montenegro garantiu que o Governo fará “todos os esforços precisos para dar bem-estar aos portugueses”, mas voltou ao ciclismo, sem querer desviar do tema.
ZAP // Lusa
Eu vejo mais semelhanças entre o Remo e a política portuguesa com uma pequena diferença, é que no remo temos Atletas altamente competentes.
Os parvos são mesmo assim , para eles é como um porco andando de bicicleta … é essa a semelhança