Moedas quer que os transportes públicos em Lisboa sejam gratuitos para os menores de 18 anos, os estudantes até aos 23 anos e os maiores de 65 anos. A medida tem gerado discussões acesas nas reuniões municipais.
Carlos Moedas deve apresentar ao executivo municipal na próxima semana uma proposta para tornar os transporte públicos lisboetas gratuitos para os menores de 18 anos, os estudantes até aos 23 anos e os maiores de 65 anos — uma das suas promessas eleitorais.
O autarca já tinha adiantado há duas semanas que as negociações com a Área Metropolitana de Lisboa e com as empresas concessionárias estavam concluídas e que esta medida deve avançar ainda este ano, escreve o Público.
Ainda não são conhecidos mais detalhes da proposta, como quantas pessoas vai abranger e quanto vai custar à autarquia. No ano passado, a vereadora do Bloco Beatriz Gomes Dias apresentou uma proposta semelhante mas que abrange também pessoas com deficiências de grau igual ou superior a 60%.
Esta medida tem levado a um bate-boca entre PSD e Bloco de Esquerda no executivo municipal, com os sociais-democratas a acusarem os bloquistas de quererem “protagonismo político” e os vereadores a refutarem as acusações, dizendo que a medida já fazia parte do seu programa antes de Moedas a propor.
Moedas chegou mesmo a exaltar-se numa reunião camarária com a vereadora Isabel Pires: “A senhora está-me sempre a atacar como se eu fosse um diabo. O BE fala sempre de mim sempre com um ódio visceral. Eu sei que há um jogo do BE em diabolizar determinados atores políticos, mas a mim não me vai diabolizar, sabe porquê? Porque eu estou com as pessoas na rua. As pessoas conhecem-me”
O Presidente da Câmara afirmou ainda que a proposta foi elaborada em colaboração com as outras forças políticas do executivo municipal, mas a vereadora independente Paula Marques afirma em comunicado que nunca foi contactada neste sentido, apesar de concordar com a medida.
“Pode parecer bem o actual presidente do executivo tentar mostrar que tem promovido consensos, mas convém ser rigoroso e não faltar à verdade“, atirou, acrescentando que a medida “não pode pôr em causa o investimento no serviço de transportes ou no desenvolvimento da frota de veículos”
Na realidade não vão ser gratuitos, porque o estado vai ter que entrar a financiar os transportes.
Se forem os lisboetas a pagar tudo bem, agora se for o país todo a pagar que pague o moedas do bolso dele que já roubou bem!