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Claro que cada um tem a sua opinião e diz o que quiser. Mas estar informado talvez seja boa ideia. E factos são factos.
Seja qual for o assunto, qualquer pessoa tem a sua opinião. Depois a opinião é apoiada por uns, contrariada por outros – com factos? Com fundamento? Ou com informação falsa ou distorcida?
Na ciência acontece muito: surgem conversas distorcidas, debates sem fundamento, sem evidência. No fundo, uma avaliação bem longe da realidade.
Claro que cada um tem a sua opinião e diz o que quiser. Mas estar informado talvez seja boa ideia. E factos são factos, lembra o Big Think, que apresenta uma lista de 7 mitos anti-ciência que ameaçam a sociedade moderna. Sobretudo numa altura em que altos líderes, ou personalidades muito populares, ignoram os factos e mostram a sua realidade.
1. Duvidar do que não está num estudo
É a tese de que, se algo não foi publicado num estudo revisto por pares, e duplamente confirmado, não é para levar a sério. Mas há muitos dados científicos importante que nunca chegam a ser publicados num estudo final. Porquê? Se o autor percebe que o estudo iria originar uma série extraordinária de efeitos negativos num grupo, ou que iria prejudicar outro grupo num estudo que já estava proposto, o autor pára. Exemplo evidente: se a experiência está a matar demasiadas pessoas; mesmo que as mortes só sejam 10% do total e o resultado final iria provar que aquela experiência protege a grande maioria dos doente. Mas não iria continuar a matar pessoas. E, provavelmente, essa experiência vai resultar em algo que realmente vai ser utilizado na ciência logo a seguir; mas nunca houve um estudo finalizado – para evitar mais mortes.
2. Flúor na água potável é um perigo
Há quem diga que não ajuda nada na saúde, que não é segura e que nos faz ingerir produtos químicos tóxicos. Ou até que reduz o QI das crianças. Claro que, se o flúor for um abuso, se estiver na água em dose exagerada, há perigos para a saúde. Mas este elemento químico começou a ser colocado na água porque é central na mineralização e remineralização dos elementos dentários; é uma arma poderosa contra a proliferação de bactérias na boca.
3. OGM são piores
Os organismos geneticamente modificados (OGM) são organismos manipulados geneticamente para alterar cor ou tamanho. E há quem defenda que esses OGM são menos saudáveis e menos nutritivos do que os não-OGM. Os estudos científicos mostram que as densidades de nutrientes não são mais baixas em OGM. E os alimentos modificados até podem, por ano, salvar mais de um milhão de vidas e evitar que 500.000 crianças fiquem cegas.
4. Efeito estufa não cria alterações climáticas
Há mais de um século que cientistas provam esta relação. Mas ainda há quem rejeite essa evidência – e, enquanto rejeitam, a Terra continua a aquecer numa escala inédita.
5. Vacinas são perigosas
Aqui o contexto é muito local: muitos habitantes dos EUA garantem que o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças não sabe o que anda a fazer nas vacinas. Alegam que o programa de vacinação não é seguro, não é eficaz e pode ser mau para a saúde. Mesmo que sarampo, poliomielite ou varicela (entre muitas outras doenças) tenham sido eliminadas quase por completo por causa da vacina – que foi provavelmente o maior avanço na saúde pública no século XX. São “esmagadoras” as evidências científicas que mostram que as vacinas são seguras, eficazes – e não causam autismo, já agora. Será só nos EUA que se diz isto?
6. 5G é um grande risco
Ou é mais medo do desconhecido? Os estudos científicos são claros: não há qualquer evidência de relação com cancro, tumores cerebrais, stress, danos genéticos, mudanças na memória ou reprodução, ou distúrbios neurológicos. Mas ainda há cientistas das “teorias da conspiração” que ajudam a espalhar a tese de que esta tecnologia, e a sua radiação, são um perigo global.
7. COVID-19 criada em laboratório
O mais badalado ficou para o fim. Mas o Big Think classifica esta teoria como a mais triste desta lista. Mais uma vez, os estudos científicos provam que o vírus surgiu pela natureza, por animais, e depois foi transmitido para seres humanos. Mas, seja para este assunto, ou para outro qualquer da lista, vai aparecer alguém a dizer que todos os estudos e cientistas que contrariam a sua verdade foram “comprados”.