A descoberta de 400 estruturas de pedra antigas, na Arábia Saudita, está a intrigar os arqueólogos que ainda não conseguiram determinar de quando datam, nem para que foram construídas ou que fim tiveram.
Estas estruturas de pedra, a que os arqueólogos chamam “portões”, por se assemelharem a portões antigos, encontram-se espalhadas por velhas cúpulas de lava na região de Harrat Khaybar, na Arábia Saudita.
Os arqueólogos ainda não conseguiram perceber porque foram construídas, nem sequer determinar a sua idade exacta, conforme reporta o site Live Science. Mas acreditam que pode tratar-se da “estrutura mais antiga feita pelo homem” naquela paisagem, conforme nota o professor David Kennedy da Universidade da Austrália Ocidental.
A análise do professor quanto a estes “portões” enigmáticos vai ser publicada na edição de Novembro do jornal Arabian Archaeology and Epigraphy. Todavia, o Live Science antecipa as conclusões de Kennedy que destaca que são “construídos em pedra”, com “paredes grosseiramente feitas e baixas”.
O portão mais pequeno tem cerca de 13 metros de comprimento, enquanto o maior tem à roda de 518 metros, e muitos deles incluem várias paredes de pedra que formam um desenho rectangular, enquanto outras têm a forma de I.
As estruturas foram descobertas através de imagens de satélite e ainda não foram alvo de avaliação arqueológica no terreno, o que limita, para já, as conclusões dos arqueólogos.
“Os portões são encontrados, quase exclusivamente, em campos de lava sombrios e inóspitos, com pouca água ou vegetação, aparentemente, locais entre os mais desagradáveis para a nossa espécie”, escreve Kennedy, citado pelo Live Science, frisando que a paisagem era ainda mais difícil para os seres humanos há milhares de anos.
A vulcanóloga Vic Camp, que trabalhou na zona de Harrat Khaybar antes de os portões terem sido descobertos, explica ao mesmo site que os “portões” devem ter estado cobertos por lava basáltica, no passado, estimando que datem de há cerca de 7 mil anos.