Ministro da Saúde defende que a sede da direção executiva do SNS seja fora de Lisboa

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Mário Cruz / Lusa

O candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara Municipal do Porto, Manuel Pizarro

Manuel Pizarro considera que várias cidades portugueses têm capacidade de acolher a sede da nova direção executiva do Serviço Nacional de Saúde e lembra o processo de descentralização que o Governo pôs no terreno.

Agora que se aguarda apenas pelo anúncio oficial de que Fernando Araújo, actual presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de São João, será o primeiro diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, cargo previsto no estatuto que foi recentemente aprovado, o Ministro da Saúde já deu a entender que a sede da nova direção pode não ser na capital.

Manuel Pizarro lembra que o Governo “lançou um processo de descentralização” e que “existe sempre” a hipótese de se sediar a direção executiva do SNS fora de Lisboa. “Acho que, nesse contexto, a colocação da sede de organismos públicos nacionais fora da cidade de Lisboa faz também sentido”, refere.

“Nenhuma cidade portuguesa está impossibilitada de receber a sede da direção do SNS. Veremos que decisão podemos tomar nessa matéria, designadamente quais são os edifícios em concreto que estão disponíveis”, afirmou, citado pelo JN.

As declarações do Ministro foram à margem da inauguração da exposição “Cidadão de Corpo Inteiro”, da Universidade do Porto, que homenageia o médico e humanista Nuno Grande, quer fundou o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).

O Porto, cidade de onde Fernando Araújo é natural e onde trabalha no São João, parece ser a escolha mais óbvia, mas Pizarro não adianta mais detalhes.

Sobre o anúncio oficial da composição da nova direção executiva do SNS, o Ministro da Saúde afirma que espera fazer a comunicação ainda esta semana. Já sobre o cenário atual do SNS, Manuel Pizarro diz que não há “nenhuma varinha mágica” que resolva os problemas, sendo que muitos são estruturais e é preciso tempo e uma “boa gestão de recursos” para a sua resolução.

“Essa é uma das virtualidades da nova direção executiva, é poder articular de forma mais eficaz as diferentes redes do Serviço Nacional de Saúde”, garante, acrescentando que a direção também terá um papel importante na “reflexão” sobre a possibilidade de maior concentração das urgências e blocos de partos.

ZAP //

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